Reajuste de março foi de 4,46% e nos últimos 12 meses chega a 8,08%, contra inflação de 6%
A alimentação básica dos paraenses continua entra as mais caras do País. Em março a cesta básica custou, em média, R$ 308,45, com um reajuste médio de 3,21% comprometendo na sua aquisição cerca de 46% do novo salário mínimo de R$ 724,00 (em vigor desde 01/01/14). Foi o terceiro mês consecutivo de alta.
A maioria dos produtos da cesta básica ficou mais cara em relação a fevereiro, entre eles a carne bovina, com um reajuste de 4,46% contra uma inflação de 0,82% (INPC/IBGE). O preço do produto em açougues, mercados municipais e supermercados da Grande Belém no 1º Trimestre de 2014 (jan-mar) e também nos últimos 12 meses (abril/13-mar/14), mostrou situações bastante distintas, em alguns momentos com estabilidade de preços e em outros, com altas expressivas. É o que aponta pesquisa do Dieese (Departamento de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).
Em março o quilo da carne bovina de primeira (coxão mole, chã e cabeça de lombo) foi comercializada, em média, nos supermercados, açougues e mercados municipais da Grande Belém, a R$ 13,86. Em Dez/2013 já estava custando R$ 14,29. Iniciou o ano de 2014 (jan/2014), custando, em média, R$ 14,26; Em Fev/2014 saiu por R$ 14,34 e, no mês passado, teve um aumento expressivo sendo vendida a R$ 14,98. Isto quer dizer que somente em março, em relação a fev/2014 o produto teve um reajuste de 4,46 %.
No 1º trimestre de 2014 o reajuste acumulado no preço da carne bovina chega a quase 5% (contra uma inflação de 2,10% INPC/IBGE) e, nos últimos 12 meses, o reajuste acumulado alcança 8,08%, contra uma inflação de 5,62%(INPC/IBGE).
Infelizmente a situação pode ainda ficar mais complicada, pois as pesquisas do Dieese efetuadas neste início de abril não mostram quedas no preço do produto. Em vários locais, o quilo da carne bovina de primeira está sendo comercializada com preços que giram entre R$ 15,50 a R$17,30. ‘O curioso é que tudo isso acontece no Pará Estado que está entre os maiores produtores e exportadores de carne bovina do País.’, lamenta o economista Roberto Sena, do Dieese.
