Novo ministro do Trabalho admite assumir pasta esvaziada

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Escolhido para assumir o ministério do Trabalho, Manoel Dias (PDT), admite que vai ocupar uma pasta que vem perdendo importância na Esplanada. Entre as mudanças que atingiram a pasta nos últimos meses está a transferência do Pronatec (Programa Nacional de acesso ao Ensino Técnico e Emprego) da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego para o Ministério da Educação.

“Está vaziada. Isso já discutimos com o próprio governo e há desejos de se recuperar esse espaço. Vai depender da competência do ministro”, disse Dias na noite desta sexta-feira (15) logo após encontro com a presidente Dilma no Palácio do Planalto, ocasião que foi confirmado como novo ministro.

A posse está marcada para hoje às 10h, em Brasília.

 

Na reunião com Dilma, Dias disse que o nome de Brizola Neto não foi mencionado nem a presidente justificou os motivos da troca. O novo ministro, no entanto, alegou que Neto não conseguiu um dialogo com integrantes da cúpula do PDT e do Congresso. “Acho que foram as divergências que podiam ser evitadas, administradas. Mas exacerbaram os ânimos e isso criou constrangimento e dificuldade”, afirmou.

As eleições de 2014 também não teriam sido alvo de discussão entre ele e a presidente.
Dilma teria dado “total liberdade” para o pedetista montar sua própria equipe. As mudanças devem começar pelo secretário-executivo, Marcelo Aguiar dos Santos Sá e na escolha de um novo chefe de gabinete.

“Certamente são cargos de confiança e que tem que ser mexidos”, afirmou. Sobre o futuro do ex-ministro no PDT, Dias foi evasivo: “Ele tem sua historia é jovem”.

O novo ministro admitiu ainda que a proximidade com o presidente do partido Carlos Lupi poderá ter influencia no dia a dia da pasta.

“Claro que vai como presidente do partido. Sou ministro do partido, não estou lá pelos meus méritos pessoais, mas pelo partido aquém devo obediência”, disse. “Mas não sou sombra do Lupi, sou amigo do Lupi. E cabe a mim mostrar que eu sou comprometido com o partido e não com pessoas”, acrescentou.

ERICH DECAT/DE BRASÍLIA