Faltando 24 horas para que se cumpra decisão judicial, de reintegração de posse contra o MTST, as famílias do acampamento Augusto Mariano, começaram uma vigília na noite desta quarta-feira (17).
No final da tarde desta quarta-feira (17), o MTST reuniu com moradores do acampamento, na oportunidade a presidente do movimento, Maria Ferraz, passou todas as informações sobre o processo repassada pelos advogados, “Devemos permanecer unidos, a situação é muito delicada, uma tal de Maria Alves Araújo, assinou uma intimação para audiência, e essa pessoa não faz parte do MTST nem tão pouco das entidades de moradias” explicou Ferraz, “Precisamos ficar de vigília . Não temos a data, e o mandado pode ser executado a qualquer momento”, destacou, “Estamos com a faca na garganta, com uma ordem de reintegração de posse contra nós, mas não somos invasores, eram para ficar trinta dias, se passaram quatro anos, hoje 50 famílias ocupam uma área que é da União, no local as famílias construíram barracos de madeira e suas vidas de forma coletiva” lembrou.
O deputado estadual Ivo Som (PTN), participou da reunião, “Todos os deputados, seja da situação ou da oposição todos estão solidários a vocês, peço a união de todos vocês. Eu não estou aqui fazendo política, estou exercendo meu mandato de deputado, a minha consciência esta tranquila” destacou o parlamentar,“ estive pessoalmente com o superintendente da SPU, Paulo André, e ele me garantiu que amanhã (quinta-feira) vai ser feito um georeferencial na área, onde será emitida uma certidão” explicou Ivo Som, continuou ”Nada é impossível para aquele que tem fé no senhor, vamos esperar, no entanto, que a situação se resolva sem que sua execução seja necessária”. Após a reunião as famílias rezaram e pediram bênçãos.
A defesa
Moreira e Alencar, Advogados correm contra o tempo e no final da tarde desta quarta-feira (17) pediram a suspensão de reintegração de posse da área ocupada pelo MTST. Enquanto não sai a decisão do pedido as famílias estão aflitas e fazem vigília.
Na justiça
Ação de despejo é cabível quando há alguém morando ilegalmente em residência que pertence ao autor. A ação de reintegração de posse sucede a ação de despejo.
De acordo com a assessoria jurídica do MTST, o processo teve seus tramites normais, porém sem a presença do MTST, apesar de numa intimação para audiência está com a assinatura de uma pessoa de nome Maria Alves Araújo, não sabemos que é essa pessoa, ela não faz parte do MTST e nem do processo, os nomes que constam no processo são do senhor, James Rocha, Jose Arnaldo (vulgo J) e dona Maria Alves Ferraz, todos alegam que não foram intimados. Este processo de reintegração de posse pedido por, Dori empreendimentos imobiliários Ltda, vem se arrastando desde 2011. Na tarde de terça-feira (16), as famílias foram surpreendidas por um mandado de reintegração de posse em favor de Dori empreendimentos imobiliários Ltda, com um prazo de 48 horas para desocupação a área,
Ascom/MTST/RR/Fotos/ Yan Renato
