A inflação oficial do país desacelerou em fevereiro por causa da redução dos preços da conta de luz, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,60% em fevereiro, ante alta de 0,86% em janeiro. A alta de janeiro foi a maior em quase oito anos. Apesar da queda, a inflação acumulada em 12 meses continua alta, chegando a 6,31% em fevereiro após taxa de 6,15% em janeiro. A meta do governo é de 4,5%, com margem de tolerância de mais ou menos dois pontos.
Queda da conta de luz faz inflação ficar menor
Segundo o IBGE, a conta de luz ficou 15,17% mais barata em fevereiro, refletindo boa parte da redução de 18% no valor das tarifas.
O governo sancionou em janeiro a lei que renova concessões do setor elétrico e reduz tarifas de energia, que ajudou a segurar a alta da inflação.
Outra redução importante no indicador foi a do preço das passagens aéreas, com queda de 9,98% em fevereiro.
Mensalidades escolares têm maior alta do mês
Os gastos com educação, principalmente os relacionados ao aumento da mensalidade (alta de 6,91%), tiveram forte impacto no índice. O início do ano letivo contribuiu para a alta.
O segundo maior impacto individual do IPCA veio da elevação de 4,1% da gasolina. De acordo com o IBGE, a alta nas bombas foi ocasionada pelo reajuste de 6,60% nas refinarias a partir do dia 30 de janeiro. O Etanol (+2,16%) e o óleo diesel (+3,72%) também ficaram mais caros, após o reajuste de 5,4% nas refinarias em 31 de janeiro.
Governo diz que inflação irá diminuir
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, afirmou que a inflação no Brasil está sob controle e que ela vai caminhar para o centro da meta oficial no “prazo adequado”.
“A inflação veio um pouco acima do esperado (em fevereiro), mas a expectativa é de que caia gradualmente ao longo do ano”, disse.
(Com Reuters)