Fome, pobreza e precisão.
A Rede Brasileira dos Povos Ciganos-RBPC foi acionada pelo casal João Neto e Marta, representantes de uma comunidade cigana que vive em condições desumanas na cidade de Sousa/PB.
O apelo do casal expõe uma realidade alarmante: dezenas de famílias estão mergulhadas em uma situação de pobreza extrema, sem acesso ao mínimo necessário para uma existência digna.
Conforme o relato, as famílias enfrentam: Falta de alimentos, com crianças, idosos e adultos indo dormir com fome; Necessidade urgente de medicamentos para tratar problemas de saúde em uma comunidade vulnerável; Escassez de roupas adequadas, especialmente para enfrentar o período chuvoso; Condições de moradia inaceitáveis, com casas (barracas de lonas rasgada e casa de adobe) que não protegem contra a chuva, transformando o local em um verdadeiro campo de lama.
A comunidade é composta por: 4 a 5 pessoas com necessidades especiais, incluindo o neto e o filho do casal; 8 a 10 idosos, que sofrem ainda mais com a precariedade; Cerca de 10 crianças, privadas de uma infância segura e saudável; Entre 40 a 50 adultos, que lutam diariamente para sobreviver sem condições financeiras.
As imagens e relatos descrevem um cenário de sofrimento contínuo. As chuvas incessantes transformam o espaço em um lamaçal, e as casas, deterioradas, não oferecem qualquer proteção contra as intempéries. Como descreveu João Neto: “É uma coisa incrível. Quem mora aqui só fica porque não tem condições de viver em um lugar melhor. A gente não tem escolha. Suportamos a água, a lama, o frio, porque não temos outra saída” disse o cigano
Mesmo diante dessa calamidade, a comunidade não recebe qualquer assistência. A RBPC está tomando medidas emergenciais, encaminhando ofícios à Prefeitura de Sousa, ao governador do estado e ao Ministério da Igualdade Racial (MIR). Entretanto, é fundamental que a sociedade como um todo se mobilize para oferecer ajuda imediata.
Estamos clamando, com urgência, por: Cestas básicas, para alimentar famílias que hoje têm a fome como única certeza; Roupas, especialmente para proteger crianças e idosos do frio e da chuva; Medicamentos, que podem salvar vidas diante da falta de acesso à saúde.
A realidade dessas famílias não é apenas uma questão de pobreza, mas de sobrevivência. Eles enfrentam a chuva com tetos que não cobrem, vivem na lama porque não têm opção e passam fome porque não recebem apoio. Como disse João Neto, “Nossa riqueza é barriga cheia”. Este é um chamado à solidariedade: precisamos agir para garantir a essas pessoas o mínimo necessário para viverem com dignidade” destacou.
A RBPC reitera: a ajuda não pode esperar. Que a mobilização de todos seja uma resposta à necessidade urgente de socorro para essas famílias. Unidos, podemos levar alívio e esperança à comunidade cigana de Sousa.
Para doações e mais informações, entre em contato com a Rede Brasileira dos Povos Ciganos- RBPC- 85-98105-4353.
Autor/Imagens: Ascom RBPC