“Essa posse foi arbitrária e desrespeitosa, porque não houve diálogo com as lideranças Indígenas” disseram.
Na manhã desta segunda-feira (20), Índios das etnias Tapebas, Pitaguary, Anacé e Tabajara estão ocupando pela segunda vez a sede da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), em Fortaleza, por tempo indeterminado.
De acordo com Weibe Tapeba, a ocupação é para “mostrar ao governo que estamos atentos a tudo que está acontecendo. O presidente da Funai não aguentou a pressão do governo e do deputado federal Aníbal Gomes (PMDB) que é padrinho político da coordenadora regional nordeste II/CE, Tanúsia Maria Vieira e deu posse no dia (15)” lembrou Weibe
Acordo
Depois de 60 horas de ocupação, indígenas deixaram o prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai), no dia (23/02) por volta das 15h de hoje. A desocupação ocorreu depois de audiência realizada na sede da Funai/ Brasília, entre, Weibe Tapeba juntamente os coordenadores da Apoinme, Dinamã Tuxá e Sarapó Pankararu e o presidente da fundação, Antônio Toninho Costa. Na ocasião o presidente da Funai assumiu o compromisso de revoga a portaria que nomeou a coordenação da CR /NE II, Tanúsia Maria Vieira.
Entenda
Primeira ocupação
Aconteceu dia (21/02), as Comunidades Indígenas Tapebas, Pitaguary, Anacê, Tabajara e movimentos sócias, ocuparam as dependências do prédio da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Fortaleza. O ato fechou prédio para atendimento e ocorrerá por tempo indeterminado.
A nomeação
Índios são contra a nomeação da nova coordenadora regional nordeste II/CE, Tanúsia Maria Vieira, o ato nº 262 foi publicado no diário da união de sexta-feira (17/2), do estado do Ceará a regional atende os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Piaui.
De acordo com as lideranças Indígenas, a coordenadora nomeada não tem nenhum conhecimento da realidade da situação fundiária, das lutas e dos direitos indígenas, além de ter o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB), como seu padrinho político.
Servidores reclamam
Depois que o governo Temer assumiu, as coisas pioraram, o efetivo é de apenas 18 (dezoito) servidores. Esforço sobre humano dos servidores.
Problemas de estrutura no prédio
Frota sucateada
Combustível quase zero
Poucos recursos
Demarcação das terras Indígenas
A tensão tende a crescer, tanto pela inoperância do governo em cumprir o que estabelece a Constituição, quanto pela voracidade das terras Indígenas. É alvo dos latifundiários. Com essa crise política toda, acabou afetando ainda mais, deixando bem mais problemática.
“Queremos que as nossas que estão demarcadas, que estão em processo de demarcação, que sejam respeitadas” disse Bete Tapeba.
Autor/Fotos: Rogério Ribeiro