Para evitar complicações graves da doença, os médicos recomendam que a descoberta seja feita no início da infecção
Os sintomas da dengue são parecidos com o de várias outras infecções: febre alta, dores musculares, dor de cabeça, cefaleia, náuseas, vômitos e diarreia. Portanto, em caso de suspeita, é necessário procurar um médico e solicitar um exame laboratorial para confirmar a enfermidade.
Conforme o levantamento realizado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o Pará registrou até o mês de maio 1.490 casos confirmados de dengue, sendo que 1.485 foram do tipo mais comum. Belém foi a segunda cidade com maior número de casos suspeitos ou notificados. Apesar de não haver nenhum registro de óbito este ano no Estado, as medidas preventivas e a avaliação rápida ainda são fundamentais para o controle e o tratamento da doença.
Para ajudar nesse diagnóstico precoce, o Laboratório Sabin, oferece um exame que pode ser feito a partir dos primeiros dias dos sintomas e é liberado em duas horas.
Segundo a gestora técnica do Laboratório Sabin, Priscila Braga, gradativamente, os médicos têm substituído o teste tradicional pelo chamado Dengue Early NS1. “O novo exame detecta uma proteína que está presente em grande quantidade no sangue, durante a fase inicial da infecção, mesmo que o paciente ainda não tenha manifestado os sintomas do processo infeccioso. O resultado sai no mesmo dia e, em emergências, em apenas duas horas”, explica. Ainda de acordo com ela, a procura por esse tipo de teste vem aumentando cada vez mais. Foram realizados no Laboratório mais de 13 mil exames do tipo Early NS1 no período entre os meses de dezembro 2013 e junho de 2014, superando os 9 mil testes convencionais feitos na mesma temporada.
O tradicional exame sorológico só detecta os anticorpos contra o vírus, produzidos pelo organismo, após o 5º ao 7º dia do aparecimento dos primeiros sintomas.
“O diagnóstico precoce é importante para que o médico possa iniciar o tratamento adequado do paciente. Dessa forma, é possível reduzir as complicações na evolução da doença e, até mesmo, a mortalidade nestes casos”, afirma.