Ser Cigano é crime- Presidente do ICB chega a Salvador para cobrar instalação de CPI

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O Presidente do Instituto Cigano do Brasil-ICB, membro consultivo da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da OAB/CE e Conselheiro Nacional de Promoção da Igualdade  Racial, Cigano Rogério Ribeiro, chegou nesta segunda-feira (31/01) em Salvador para  cobrar a instalação de comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar mortes dos Ciganos em Vitória da Conquista,  Camaçari e região, além dos sequestros e extorsões contra ciganos, nessa perspectiva ouvir os agentes de segurança para saber as reais condições de trabalho desses agentes. No que diz sobre carga horaria de trabalho, a saúde, armamento, viaturas e escalas de trabalho.

O ICB destaca o apoio do Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Segurança Pública da ALBA, deputado Jacó.

No dia 6 de dezembro a Coordenação do ICB/Salvador se reúne com dep. Jacó.

De acordo com o Cigano Rogério Ribeiro “Precisamos de policiamento preventivo, ostensivo e constante, para coibir e enfrentar a onda de violência. São muitos casos de sequestros, assaltos, roubos e furtos, dia após dia. Ameaças violentas crescentes em plena luz do dia, que alarmam os Ciganos.

abusos cometidos por planos de saúde contra a população” destacou o presidente do ICB, “O Brasil tem um compromisso internacional ao ter assinado em 2007 o protocolo facultativo da Convenção da ONU contra a Tortura” lembrou.

Sequestros e violência

A preocupação com o aumento de sequestros e violência contra os Ciganos da Bahia necessita de trabalho repressivo por parte da Segurança Pública, no sentido de facilitar a identificação dessas pessoas, que promovem esses delitos.

Não queremos generalizar, sabemos que a Polícia Militar e a Polícia Civil têm policiais que prezam pela transparência, imparcialidade, ética, zelo e comprometimento com a segurança pública do estado da Bahia.

A CPI vem no momento oportuno.

A CPI como um mecanismo para a busca de informações e para contribuir com a discussão de uma nova política de segurança pública, principalmente nas abordagens policiais.  O Parlamento não pode se omitir frente a fatos que estão comprovados.

O Instituto Cigano do Brasil-ICB, não compactua com nenhum tipo de violência e repudiamos todo ato de violência, de qualquer ordem ou origem. Sempre vamos defender o amplo diálogo, não iremos aceita que os Ciganos inocentes sejam vítimas de ação truculência absurda e desnecessária.  Os “criminosos” devem responder na justiça pelos seus atos.

Alguns dos motivos

1) Policiais militares recebendo elogio individual pelas mortes de três Ciganos em Anagé;

2) Investigação desarticulada entre a polícia civil e a polícia militar;

3) Fragilidade no acolhimento das testemunhas pelo programa PROVITA;

4) Policiais justiceiros querem matar, não querem prender;

5) Governador da Bahia calado;

6) Falta de eficiência nas investigações e corporativismo local;

7) Risco de novas execuções.

Reunião em curso

Draco, MPE, DPU, DPG, SSP, PM/BA, SJDH, PRF entre outros órgãos de segurança.

Autor/foto: ICB