Réus do caso de tortura em Iguatu serão interrogados pela Justiça pela primeira vez nesta terça-feira

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Um dos principais capítulos da história do crime de tortura em Iguatu, onde cinco jovens foram torturados, começa a ser escrito nesta terça-feira (3) às 9h da manhã, no Fórum de Iguatu.

 

O interrogatório, ocorre no Fórum de Iguatu, é a primeira oportunidade para dar suas versões que os réus têm desde que se tornaram os principais suspeitos das torturas nas vítimas que chocou Iguatu e o país por ter sido cometido com requinte de crueldade. Os acusados serão ouvido pelo autor, o Ministério Público Estadual e pelo juiz de direito Eduardo Mota, da 2 ª vara criminal de Iguatu.

De todas as violações de direitos humanos, a tortura é universalmente reconhecida como uma das mais odiosas e é também uma das mais frequentes no Brasil. Utilizada em todo o território nacional por agentes públicos das forças de segurança como instrumento de coação para obter confissões forçadas, chega a ser considerada por analistas como o principal mecanismo de investigação policial no país.

Vítimas e familiares clamam por justiça, São cinco anos de espera. É muito tempo de sofrimento para uma mãe ver que não houve justiça. Um absurdo, eles tem serem punidos pelos crimes que fizeram.

Entenda

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O fato aconteceu no dia 11 de fevereiro de 2010, às 23h30min. Os jovens distribuíam panfletos com uma denúncia feita pelo MPF (Ministério Público Federal) contra o prefeito do município, Agenor Neto (PMDB) e o deputado estadual, José Ilo, por fraudar 700 carteiras no seguro-desemprego, guando foram abordados pelos acusados.

A tortura: As Vítimas foram espancadas com capacetes, chutes e socos, depois foram levados para um terreno baldio, a dez quilômetros do centro de Iguatu, onde foram novamente espancados. As vitimas contaram que também os agressores queimaram e urinaram em seu rosto, além de gravarem e tirarem fotos de toda a tortura.

Os crimes

De acordo com o inquérito policial (065.2010), remetido à Justiça, os acusados foram indiciados nos artigos 129, 148 e 163, referentes à lesão corporal, sequestro/cárcere privado e dano triplamente qualificado do Código Penal Brasileiro (CPB).

As penas

Art. Lesão corporal de natureza grave

Pena – reclusão, de dois a oito anos.

Art, 148 Sequestro e cárcere privado.

Pena – reclusão, de dois a oito anos.

Art. 163 – Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:

Pena – de 1 (um) a 6 (seis) meses de detenção ou multa.

Os acusados

O delegado na época Agenor Freitas também solicitou a prisão preventiva dos sete acusados: o sargento Francisco Assis Alves Bandeira (falecido), Cícero Santiago Alves de Lima, Francisco Itailton Neves, Theogenes Florentino, Francisco Aldemir Alves Amorim, Antonio Zilmar da Silva e Juliene Bernardo da Silva.

Ó depoimento do acusado, Theogenes Florentino , hoje ele é secretário da prefeitura de Acopiara

Autor: Rogério Ribeiro/Fotos: Divulgação