
O ano de 2015 registra o menor volume médio acumulado nos açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos recursos Hídricos (Cogerh) nos últimos 21 anos. O índice atual é de apenas 14,8%. É o pior desde 1994, quando a Cogerh começou a fazer o monitoramento. A tendência para os próximos três meses é de perda intensa por evaporação e consumo. Esse ano também ntra para a história por ter registrado o terceiro menor aporte de água nos reservatórios desde 1986.
Terminada a quadra invernosa de 2015 (fevereiro a maio), os reservatórios acumulavam em média 21%, segundo dados do Gerenciamento de Recursos Hídricos da Cogerh. O atual período de seca, iniciado em 2012, é o mais longo desde 1973, segundo estudos da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
“Desde 2012 que vêm ocorrendo chuvas abaixo da média histórica e seguidas perdas no volume dos açudes”, observa o técnico da Funceme, Robson Franklin Silva. “O quadro atual é bastante preocupante”.
Açude Trussu acumula menor volume desde que foi inaugurado em 1996
O açude Trussu em Iguatu acumula apenas 33% de sua capacidade, segundo dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). É o menor índice desde quando foi inaugurado.
O reservatório é responsável pelo abastecimento de Iguatu, Acopiara e a perenização do rio de mesmo nome e trecho do Rio Jaguaribe.
O reservatório foi inaugurado em 1996. No próximo dia 29, haverá reunião da Comissão Gestora do açude para definir a vazão de água a ser liberada nos próximos meses, sob a supervisão da Cogerh. Atualmente, há autorização de liberar até 800 metros cúbicos por segundo.
Os moradores estão preocupados com o baixo nível do reservatório e teme perda elevada de água se continuar a liberação de água para projetos agropecuários. A próxima reunião deve ser marcada por um clima de tensão.
Autor: da Redação com Diário do Nordeste/Foto: Divulgação