MTST/RR inicia rodada de sensibilização para alojar 52 famílias que seguem com destino incerto

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As famílias aguardam temerosas pela ordem judicial.

   Sem terem onde morar, 52 famílias correm o risco de serem jogadas nas ruas de Boa Vista, se realmente acontecer à reintegração de posse da área denominada Acampamento Augusto Mariano.

Há cerca de cinco anos, 52 famílias, ocupam uma área na BR 174 próximo ao bairro Monte das Oliveiras, conhecida como acampamento Augusto Mariano, é bom lembrar que essas famílias não são invasoras e nem grileiros de terras, elas foram colocadas na época pela prefeitura municipal de Boa Vista, com a anuência da Secretaria de Patrimônio da União-SPU. 

As famílias aguardam temerosas pela ordem judicial, principalmente aquelas que têm sérios problemas de saúde, exemplo é dona Maria Florinda 63 anos está assustada. “Quando as viaturas da Policia passam aqui na BR, penso que vão invadir e destruir os nossos barracos, eu minha filha e meu neto há alguns dias não conseguimos dormir, de tanto medo” explicou dona Florinda, que tem sérios problemas de pele, rins e na coluna. A Irmã da portadora de necessidades especiais, Rosileide Paulinho “Minha irmã se encontra doente, mas piorou muito depois da notícia de reintegração de posse” disse Rosileide.

MTST intensificar sensibilização

 Uma comissão do movimento dos trabalhadores sem teto de Roraima-MTST/RR, juntamente com o consultor, Ricardo Matos e o advogado, Marcio Patrick, iniciaram mais uma rodada de sensibilização e decisão com a SPU, Prefeitura Municipal de Boa Vista e o Governo do Estado.  De acordo com a presidente do MTST, Maria Ferraz “O que for preciso fazer para reverter essa situação vamos fazer, temos que buscar soluções. Não podemos deixar essas famílias largadas’ disse Ferraz, que sugeriu uma força tarefa com a SPU, o município e o Governo do Estado. “Se for favorável a reintegração de posse, pra onde vamos” alertou Ferraz.

  Doenças

  Crianças e idosos já apresentam doenças de pele e mal-estar. “Nossos filhos e idosos estão doentes e isso não é culpa nossa, só pensam em nos retirar daqui e não em resolver a situação. Já houve criança aqui que teve que ser atendida em urgência com quadro de infecção e doença de pele”.

Elizabete Paulino Brito, 27 anos, paralisia cerebral, José Anastácio, 60 anos, coluna, Aderaldo Demétrio, 75 anos, hipertensão, Meire Costa, 30 anos, cadeirante, Maria Florida, 63 anos, problemas na pele, rins e coluna, no acampamento tem um casal de cegos.

Ascom/MTST/Fotos: Yan Renato.