Moradores da rua Manoel Alexandre com a rua Pedro Alexandre, no bairro Padro, em Iguatu reclamam de um esgoto a céu aberto e tem incomodado a vizinhança.
Eles reclamam da sujeira e do mau cheiro. O esgoto corre a céu aberto o dia todo, eles pedem uma solução para o problema.
O esgoto vaza pela canaleta no asfalto e se espalha pela rua inteira ate chega ao campo de futebol de terra, que fica nas proximidades da escola municipal Perpétua Socorro, crianças, idosos e moradores transitam pulando a água do esgoto que se transforma em varias poças de sujeira e de mau cheiro. Quando os carros passam, jogam o líquido em quem caminha nas proximidades.
O acesso à água potável e ao saneamento básico é reconhecido como um direito do ser humano pela Organização das Nações Unidas. A declaração é de que existe “o direito a uma água potável, limpa e de qualidade e a instalações sanitárias é um direito humano, indispensável para gozar plenamente do direito à vida”.
Uma visão míope
Infelizmente, nossos governantes ainda têm uma visão míope sobre a questão do saneamento básico: constroem estádios enormes para esportes, Praças públicas e obras para lavagem de dinheiro os famosos elefantes brancos e esquecem de investir em uma área que é fundamental, que representa um investimento, que no futuro irá refletir em uma economia enorme que é a de não ter que cuidar de uma criança com deficiência mental, intelectual, imunológica ou de saúde decorrente da exposição a substâncias químicas que permeiam o nosso país.
Moradores reclamam
A aposentada, Maria da Conceição, lembrou, “Além de ser algo que traz danos à saúde das pessoas, os moradores ficam preocupados com as crianças que estudam na escola municipal Perpétua Socorro”.
O vendedor, Paulo da Silva “Se na rua o cheiro é horrível, imagine dentro das casas. Considero um problema grave e gostaríamos de uma solução urgente”, reivindica Silva.
Já foi feito uma reclamação junto às autoridades competentes e nada foi resolvido. É insuportável esse mau cheiro, não tem quem aguente, é capaz de deixar nós moradores doentes, além de prejudicar os alunos também, Exclamou um morador que não quis se identifica.
“O esgoto aqui é no meio da rua, não tem drenagem da água e nem esgotamento adequado”, observa uma moradora
“Ninguém aguenta sentar na porta de casa porque o odor é muito forte, então pedimos que as autoridades competentes venham resolver este problema, porque isso é uma irresponsabilidade que pode colocar a vida das pessoas em risco”, desabafou dona Francisca.
Acesso à rede de esgoto
Serviço absolutamente essencial, a coleta e o tratamento de esgoto têm sido deixados de lado por sucessivos governos. Hoje, apenas 50,6% da população urbana brasileira têm acesso à rede de esgoto. Para um país que pretende ser uma potência econômica esse número é inaceitável, principalmente porque quem tem mais sofrido com essa situação são as crianças.
Doenças
A inexistência de rede de distribuição de água potável, associada à falta de coleta e de tratamento de esgoto, cria um ambiente insalubre que propicia o desenvolvimento de doenças fatais. O que mais surpreende no esgoto é o seu poder destruidor, sua capacidade de atuar em todo o território nacional e de se infiltrar em todos os níveis da sociedade.
Hepatite A e E, diarreias, vômitos e verminoses podem ser associados a uma contaminação decorrente da falta de saneamento básico.
Autor/Fotos: Rogério Ribeiro