Malhar em jejum emagrece mais? Especialista responde

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como-malharA prática traz mais prejuízos do que benefícios. Saiba o por quê

Acordar cedo e ir para a academia de estômago vazio é uma forma forma eficiente de emagrecer rápido, certo? Errado, muito errado. Embora alguns estudos afirmem que nessas circunstâncias a queima de gorduras seja maior, os prejuízos que a prática traz não compensam o risco.

Nutricionista da clínica Super Healthy, Paola Moreira afirma que, para que a atividade física comece a utilizar gordura como fonte de energia, é necessário que haja um um estímulo alimentar. “No início do exercício, o substrato que o corpo utiliza é o carboidrato, que fica estocado na forma de glicogênio. Com a continuidade do exercício, as gorduras passam a ser queimadas”, explica.

Se não houver fornecimento de carboidratos no período que antecede o treino, o organismo utilizará a proteína presente no músculo para atender à demanda de energia. “Dessa forma, poderá haver redução da massa magra e comprometimento da performance do exercício”, esclarece.

Paola ressalta que apesar de o consumo de gorduras ser maior em jejum, a diferença na balança não costuma ser visível. A fraqueza e a indisposição provocadas pela falta de alimentação fazem com que o rendimento do treino seja menor do que em uma situação normal, resultando em um gasto de calorias menor. Para emagrecer com saúde é preciso seguir uma dieta balanceada, rica em nutrientes e nenhuma refeição deve ser pulada.

Exercício em jejum faz mal

Além de proporcionar a perda de massa magra, praticar exercícios físicos em jejum pode levar a um quadro de hipoglicemia. Isso acontece quando a quantidade de açúcar no sangue cai sensivelmente, provocando sensação de mal-estar, dor de cabeça, fadiga, tontura, náuseas e até desmaio.