Professora passou por audiência de custódia e seguirá detida, em Goiânia. Ex foi quem encontrou o corpo da criança, filha de um amante, em escaninho.
Após audiência de custódia realizada na tarde desta quinta-feira (11), a Justiça decidiu manter presa preventivamente a professora de 37 anos que confessou ter matado a filha recém-nascida e escondido o corpo em uma caixa por cinco anos. O crime foi descoberto quando o ex-marido da mulher localizou os restos mortais no escaninho do prédio onde eles moravam, em Goiânia.
A sessão ocorreu na 7ª Vara Criminal de Goiânia. Segundo a juíza em substituição Wanessa Rezende Brom, que presidiu a audiência, a decisão foi tomada para “garantir a ordem pública, sobretudo em razão da gravidade dos fatos e conveniência da instrução criminal”. A magistrada explica ainda que a professora admitiu os crimes.

“[…] inclusive a própria indiciada confessou a prática do crime de homicídio contra sua própria filha que acabara de nascer por motivo fútil, já que supostamente era fruto de uma relação extraconjugal”, destacou Wanessa.
Por fim, a juíza disse que o assassinato e a forma como a mulher agiu são suficientes para demonstrar a “real periculosidade da indiciada”.
Ao G1, o advogado da professora, Marcell Evelin de Paula, disse que achou a manutenção da prisão injusta. “Acredito que ela teria que ter sido liberada, pois todos os requisitos legais para isso estão presentes. Ela é ré primária, tem emprego fixo, família constituída e reside no mesmo local há mais de 20 anos. Não havia motivos para isso”, afirmou.
Parto
A mulher deu à luz uma menina em março de 2011. A criança nasceu saudável e, um dia após o parto cesárea, realizado em uma maternidade particular da capital, ela recebeu alta. A mulher contou à polícia que o marido, de quem ela se separou em 2015, era ausente, que viajava muito e não tinha conhecimento da gestação.
“A mãe confessou que, desesperada, com medo que o marido descobrisse a traição, porque ele já tinha feito vasectomia, e sem jeito de levar a criança para casa, asfixiou a menina e guardou o corpo dentro do guarda roupa dela por 20 dias”, disse a delegada Ana Cláudia Stoffel.
Para evitar que o cheiro do corpo fosse percebido, ela enrolou o recém-nascido, ainda com o cordão umbilical e a pulseira da maternidade, em diversas sacolas plásticas. Depois de 20 dias, a mulher colocou o corpo dentro de uma caixa com mais plástico e papelão e trancou dentro de um armário no prédio em que morava.
Autor: Da redação com Sílvio Túlio Do G1 GO/Foto: Reprodução/TV Anhanguera











