A Rede Brasileira dos Povos Ciganos (RBPC), através de sua coordenação na Bahia, encaminhou denúncia para Dr. Rogério Luís Gomes de Queiroz, Coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos – CAODH/BA.
A RBPC vem a público manifestar seu total repúdio ao ato covarde e discriminatório ocorrido em Miguel Calmon (Bahia), onde um homem lançou óleo queimado sobre uma calçada pública, com o claro objetivo de impedir que mulheres ciganas se sentassem no local.
Esse gesto, aparentemente simples, carrega uma carga simbólica de ódio, preconceito e exclusão.
Não é apenas óleo no chão — é o reflexo de uma sociedade que ainda insiste em negar a humanidade do nosso povo. É a expressão de um racismo estrutural que tenta, todos os dias, apagar nossa cultura, calar nossas vozes e afastar nossos corpos dos espaços públicos.
Os povos ciganos existe, resiste e permanecerá ocupando os espaços que sempre lhe foram negados. Não nos calaremos diante de atos como este. Não aceitaremos que as mulheres ciganas sejam tratadas como incômodas ou descartável.
Tal conduta afronta o disposto na Constituição Federal de 1988, em especial os princípios da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III), da igualdade (art. 5º, caput) e da valorização da diversidade cultural (art. 215 e 216).
A RBPC solicita retratação e reparação de danos conforme a Lei.
Autor: Ascom RBPC
