Instituto Cigano do Brasil-ICB se reúne com advogados e discute estratégias de defesa

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O presidente do Instituto Cigano do Brasil-ICB e membro consultivo da Comissão da Igualdade Racial da OAB/CE, o cigano Rogério Ribeiro, se reuniu na manhã desta sexta-feira (26/03), em Aracaju com os advogados Alexandre Porto, Dra. Iara Marina Barcelos e Carlos Antônio Albareda, além do Coordenador da Pastoral Carcerária de Sergipe e Membro da Articulação do MNDH em Sergipe, Carlos Antônio de Magalhães (Magal), na pauta as estratégias para as defesas dos ciganos e ciganas.

Na oportunidade o cigano Rogério Ribeiro, destacou “É de extrema importância esse alinhamento da defesa que sejam discutidas as estratégias para esclarecer os fatos e os crimes que foram citados na denúncia”.

Para o Dr. Alexandre Porto a reunião foi bem proveitosa, “Excelente, de grande qualidade” definiu Porto.

O advogado Carlos Antônio Albareda ressaltou “Estamos analisando caso a caso”

Magal da pastoral foi taxativo “Que a justiça prevaleça” disse Magal.

 

Com foco na defesa da sua cliente a cigana Marlene de Oliveira, a advogada Iara Marina, explicou, “A reunião no intento de auxiliar a elucidação dos fatos e de colaborar com a justiça no entendimento dos fatos ocorridos em umbaúba em 17 de dezembro de 2020. Todos os participantes da reunião estavam imbuídos de um forte comprometimento com a verdade e com a finalidade incansável de encontrar a justiça para todos os envolvidos no malfadado incidente.” esclareceu Dra. Iara Marina.

“Ninguém – seja um indivíduo ou seja o Estado – tem o direito de determinar que vidas são dignas de serem vividas ou que vidas não podem ser vividas”.

Não podemos falar que todos os Ciganos (as) são hostis, estaríamos generalizando, como não podemos generalizar a postura dos policiais.

Apesar do flagrante visão racista, em grande parte compartilhada pela sociedade em geral, os ciganos não estão entre as grandes estatísticas de criminosos que enfrentam os órgãos de segurança do Estado e suas agências de aplicação da lei e da ordem. Vítimas de preconceitos, discriminação, perseguição e mitos os ciganos sempre foram esquecidos pelas políticas públicas.

Por derradeiro, o Instituto Cigano do Brasil-ICB se coloca à disposição para garantir-lhes todos os seus direitos perante a justiça até julgamento final do processo criminal, onde devem ser respeitados direitos, e garantias individuais da imparcialidade no processo.

Autor/Fotos: Ascom ICB