Precariedade de
posto de saúde demonstra descaso com saúde pública em Iguatu
Em inspeção realizada pela Vigilância Sanitária de Iguatu, na manhã desta quarta-feira (3), confirmaram-se as irregularidades noticiadas pelos pacientes.
Diante de tantas denúncias, o Ministério Público, solicitou da Vigilância Sanitária de Iguatu, uma inspeção no posto de saúde da família do bairro Chapadinha, com o intuito de avaliar as condições sanitárias bem como as referidas instalações e a salubridade do local.
A equipe da Vigilância composta por Heron Araújo, Francisco Célio, Maria Querina e Patrício Sacaria, durante os trabalhos realizados pela equipe, foram identificadas diversas irregularidades, “Este prédio na realidade é uma casa está em péssimas condições. Goteiras, rachaduras e fiação elétrica exposta são apenas alguns nos problemas relatados. Quando chove, a água escorre pelas paredes criando mofo, o matagal tomou a frente da unidade de saúde” disse Heron.
Infiltrações denunciam os problemas na encanação. Já os fios de energia desencapados colocam esses locais em risco iminente de curtos-circuitos que podem resultar em incêndio.
De acordo com a equipe o laudo é pra interditar, “Vamos concluir o laudo com cópias para o Ministério Público, diante do que registramos, eu não tenho dúvida que o MPE, deve abrir inquérito para punir os irresponsáveis por esse desrespeito com os pacientes” pontuou Heron, que acrescentou até medicamentos vencidos encontramos.
A equipe de saúde
A equipe de saúde atende no posto de saúde da família do bairro Chapadinha e do Sitio Cajazeiras, de segunda a sexta-feira, composta por um médico, uma enfermeira, uma técnica de enfermagem e uma auxilia de serviços gerais, em media 15 a 20 pacientes por dia.
O imóvel
Imóvel alugado onde funciona um posto de saúde da família está em péssimas condições. Os servidores da saúde e os pacientes tem que conviver diariamente com cheiro de mofo, telhas caindo, paredes com rachaduras profundas, banheiro em péssima condição de uso e salas sem qualquer ventilação.
Pacientes reclamam
A paciente, Maria Jacó de Lima, 64 anos, “é um perigo esse telhado teve um dia que uma telha no chão, ainda bem que não passava ninguém na hora. Estamos jogados para as baratas, a mais de dez anos o posto funciona em uma casa, enquanto isso o prefeito não entrega o nosso posto de saúde” contou dona Maria.
Miguel Bonfim, 50 anos, tem sérios problemas na coluna, segundo ele desde outubro que ele solicitou uma consulta com ortopedista e nada, teve que arrumar dinheiro emprestado para ajudar a paga uma consulta partícula que custo R$ 250, 00 reais e um raio X R$ 80.00 (oitenta reais), com relação o prédio, “ È lamentável, falta de manutenção, sujeira e escassez de produtos de higiene pessoal” Esse é o cenário encontrado por paciente.
A moradora e paciente, Itamara Alves, 22 anos, “È uma vergonha esse posto de saúde da famíli
a daqui da chapadinha. O posto novo esta pronto, mas o prefeito não entrega” disse Itamara.
A jovem, Rayssa Alano, 19 anos, “Somos esquecidos e rejeitados, porém esse ano é de eleições (po
líticos), vão bater nas portas, ai vai ser a hora de todos ignorá-los. Com relação o
posto de saúde da família, é triste a gente entrar naquela casa tudo velho e estragado” descreveu Rayssa.
MPE
A Promotoria deve pedir a intervenção judicial para tentar uma solução para os problemas detectados e também deve discutir com a atual gestão as soluções para sanar os problemas encontrados.
Autor/Fotos: Rogério Ribeiro