Iguatu o retrato de falta de políticas públicas para Habitação

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‘A sexta ocupação em apenas 40 dias’
Vila Neuma a 6ª ocupação – Na noite desta quinta-feira (10), 100 famílias erguem seus barracos: de lona, madeireiras velhas, plásticos, lençol e papelão, com as próprias mãos, da noite para o dia, constroem um sonho. Mesmo convivendo com a insegurança de talvez não conquiste definitivamente uma moradia própria. O que mais se ouve são as palavras “aluguel e Inscrição feita”. As ocupações começaram nos bairros: João Paulo II, Areias, Filadélfia, Altiplano, Lagoa Park e a Vila Neuma, totalizando cerca de mil famílias.

A Área

O terreno ocupado pelas famílias, fica nas proximidades das obras inacabadas da academia de saúde e posto de saúde da Vila Neuma, onde 100 famílias estão acampada, podendo este numero podendo a chegar até 300 famílias, segundo os lideres do movimento.
Déficit habitacional no município

Hoje são cerca de mil famílias que ocupam diversas áreas públicas em Iguatu em apenas 40 dias, a maioria dessas famílias já possuem cadastro há muitos anos, porém a falta de políticas públicas habitacional é o grande gargalo do déficit habitacional no município que gira em torno de 12 mil e cerca de 7 mil cadastro. Segundo as famílias o déficit habitacional no Município, atualmente vem se acumulando a mais de uma década, se esbarra na burocracia.
Palavra de ordem; “Não vamos sair. Eles só prometeram e não cumpriram nada. A área está ociosa”.

De acordo com, Leidiane Felix de Araújo
De acordo com, Leidiane Félix de Araújo, 21 anos, mãe de uma criança de 6 meses, informou que a área é do governo municipal e as famílias não tem mais condições de paga aluguel, “A área a muito tempo está ociosa. Temos filhos e ficamos sabendo que outras pessoas iriam ocupar este terreno, então nós moradores que vive de paga aluguel, de favor e agregado decidimos ocupar esta área em busca de uma moradia. Acredito que falta de emprego e políticas pública elevaram o déficit habitacional em Iguatu” explicou Leidiane

A história de Amanda Martins

A história de Amanda Martins, 20 anos mãe do Gabriel Martins uma criança de 7 anos que sofre de hiperatividade. É uma das famílias que vivem numa novela banal de dificuldades que afetam hoje a maioria dos agregados, dos que vivem de paga aluguel e dos que moram com seus familiares. “Estou na esperança de Deus para ganhar um chão e construir nem que seja de tábuas a minha casa. Todo mundo precisa, pois vivem de favor, paga água, luz, aluguel e o gás aumentou” disse Amanda que acrescentou que a medicação do seu filho Gabriel Martins custa em torno de R$ 300 reais por mês e que vem tentando sensibilizar o medico para que imitar um laudo medico com a patologia da criança, para que ela possa entrar com um processo de beneficio junto ao INSS, tendo êxito na empreitada ajudaria na medicação da criança hiperativa.
Cícera dos Santos, 21 anos, mãe dois filhos, com uma renda mensal de R$ 500 reais, paga R$ 250 de aluguel. “O meu esposo ganha 500 de bico, as a minha família minha ajuda. Tenho uma inscrição quando era menor de idade”.
Maria Aurivânia Batista dos Santos, 28 anos, mãe de três filhos um com, 7, 8 e 10 anos de idade, “A minha inscrição vai fazer dez anos e nada, o prefeito só faz praças”.

 

O autônomo Antônio Marcos da Silva
O autônomo Antônio Marcos da Silva, 40 anos, mora de aluguel, com a mulher e três filhos, pagava R$ 300 de aluguel. Mais despesas com água, luz. “Eu faço muitas coisas para sobreviver como vendedor ambulante e serviços gerais. Mas o dinheiro nunca dava. Vou fica aqui até ganhar uma moradia”.
A desempregada Viviana da Silva, 34 anos, vive com as filhas, que têm 9, 5 e 2 anos, nos fundos da casa de um amigo, de favor. “A gente quer um pedacinho nosso”

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Autor/Fotos: Rogério Ribeiro.