Filho de Tiririca defende o pai, acusado de assédio por ex-babá: “O que ela faz é extorsão”

1091

O deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), mais conhecido como Tiririca, está sendo acusado, por uma ex-babá da filha, de assédio sexual. Enquanto o processo corre, familiares saem em defesa do político e humorista. O ator Titullipa, filho dele afirmou que “o pai jamais faria uma coisa dessa”.

— Não se pode confiar em ninguém. Meu pai nunca fez nada contra essa moça. Ela trabalhava de babá da minha irmã, e meu pai achou que eles deveriam procurar outra pessoa para ficar no lugar dela. Todos os direitos foram pagos, mas ela quer mais. Ameaçou que ia à delegacia registrar ocorrência. Meu pai disse que ela poderia fazer o que quisesse, já que tinha pago todos os direitos. Só que ela queria R$ 100 mil reais. Ele não deu e foi acusado de assédio sexual — critica ele.

Everton de Brito Silva, nome de batismo do humorista, tenta amenizar a situação ao dizer que o pai sempre foi brincalhão com todos, mas sempre com respeito:

— Meu pai nunca tratou ninguém como empregado. Todo mundo é membro da família. Mas agora essa senhora vai ter que provar. Se ela teve a coragem de inventar, tem que provar. Nós temos a consciência limpa. O que ela faz é extorsão.

Sigilo

A defesa do deputado federal Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), mais conhecido como Tiririca, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a apuração do caso em que ele é acusado de assediar sexualmente uma ex-empregada seja colocado em sigilo. A solicitação, contudo, foi negada pela ministra Cármen Lúcia, presidente da Corte.

O advogado de Tiririca afirmou que o sigilo processual iria prevenir a “exposição indesejada de fatos inverídicos” sobre o deputado, mas Cármen concordou com o relator do caso, o ministro Celso de Mello, e determinou que não haja motivo para o segredo de Justiça.

Durante o recesso do Judiciário, que dura até agosto, cabe à presidente do STF tomar decisões consideradas urgentes.

Para Celso de Mello, que havia retirado o sigilo da petição, nos casos de crimes sexuais, o segredo de Justiça só deve ser utilizado para proteger a vítima, e não o suposto agressor.

Cármen alegou que não há razões para discordar da justificativa. A decisão, divulgada nesta terça-feira, foi tomada no dia 05 de junho.

Caso

Maria Lúcia Gonçalves Freitas de Lima, de 41 anos, que foi babá da filha do deputado federal, entrou com uma reclamação trabalhista e registrou ocorrência na 10ª Delegacia de Polícia de Brasília por assédio sexual. Como o parlamentar dispõe de foro privilegiado, o processo foi enviado ao STF.

Tiririca e sua mulher, Nana da Silva Magalhães, contestaram a ação trabalhista e também apresentaram uma queixa policial contra a doméstica. Eles negam o crime e alegam que Maria Lúcia quer levar “vantagem econômica indevida” a partir dos “fatos inverídicos”.

Ela teria tentado extorquir dinheiro de Tiririca e Nana: caso não lhe entregassem a quantia de R$ 100 mil na rescisão do contrato, a ex-funcionária teria prometido prejudicar os ex-patrões. Segundo eles, a doméstica foi demitida por consumir bebida alcoólica no expediente e todos os débitos trabalhistas foram quitados.

Autor: Da redação com Paulo Víctor Mafrans/Foto: Divulgação