Medida é resposta à expulsão de americanos na semana passada
Os Estados Unidos decidiram expulsar três diplomatas venezuelanos, uma semana depois de o governo de Nicolás Maduro adotar uma medida semelhante, acusando os funcionários da embaixada americana de fomentarem os protestos nos país que já deixaram pelo menos 15 mortos. A decisão vem no mesmo dia em que Maduro deve anunciar um embaixador venezuelano para os Estados Unidos, cargo vago desde 2008.
O Departamento de Estado disse que os primeiros-secretários Ignacio Luis Cajal Avalos e Victor Manuel Pisani Azpurua, e o segundo-secretário Marcos José Garcia Figueredo, foram declarados personae non gratae e têm 48 horas para deixarem o país.
“A Convenção (de Viena) permite que os Estados Unidos declarem qualquer membro da missão diplomática persona non grata a qualquer momento sem necessidade de comunicar uma razão”, informou o Departamento de Estado americano.
Apesar de acusar Washington de estimular a violência no país, Maduro planeja anunciar ainda hoje o nome do novo embaixador em Washington. Os dois países não têm embaixadores desde 2008, ainda no governo de Hugo Chávez.
Apesar da tensão, o presidente disse que o seu ministro do Exterior nomearia um enviado para Washington nesta terça-feira para tentar ativar as relações. “A sociedade americana precisa saber a verdade sobre a Venezuela”, declarou Maduro em uma reunião com governadores na noite de segunda-feira. “Os americanos acham que nós estamos matando uns aos outros. Eles estão falando de intervenção militar dos EUA na Venezuela. Que loucura! Se isso acontecer, sairemos com uma arma para defender o nosso território.”
