Crimes em Umbaúba: Hoje dia 17 de abril completa 4 meses e até agora não temos uma resposta da justiça de Sergipe sobre as mortes.

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Nem o tempo e nem a lentidão do Estado de Sergipe em dar respostas, vão diminuir o sentimento de revolta e a vontade de lutar por justiça.

Neste sábado (17/4) completou quatro meses das mortes dos moradores de Umbaúba, Anderson Costa dos Santos e Robson Rafael da Silva, eles foram mortos cruelmente por policiais, sem esboçar nenhuma reação, hoje não tem nenhum inquérito sobre esses crimes.

De acordo com o presidente do Instituto Cigano do Brasil-ICB e membro consultivo da Comissão da Igualdade Racial da OAB/CE, cigano Rogério Ribeiro, “Hoje completa quatro meses e até agora não temos uma resposta da justiça de Sergipe sobre os crimes. Clareza e justiça são o que queremos. O que aconteceu não queremos que aconteça a outras familiais ou a outros inocentes. Não vamos deixar esquecerem o que aconteceu com os inocentes,  queremos respostas” disse o cigano.

Além de criticar a falta do inquérito e uma investigação, o ICB cobra transparência por parte do, assim como uma postura mais contundente do governo do estado de Sergipe e as instituições de segurança.

Kelli Cristina, Advogada e irmã de Robson Rafael mora no interior de São Paulo, “ Os policiais chegaram assim atirando para matar duas pessoas e uma sendo meu irmão, assim do nada, ele não tinha envolvimentos com assassinados sempre morou comigo após o falecimento de minha mãe em 2009, portanto conhecemos todo o histórico dele”, desabafa  Kelli,  ‘Vazio que nunca vai ser coberto’ definiu

MORTOS NA CALÇADA

Segundo alguns moradores relataram que as vítimas Robson Rafael da Silva e Anderson Costa dos Santos, estavam numa calçada de uma casa, quando foram alvejados por arma de fogo por alguns policiais vindo a óbito no local, as informações é que esse fato aconteceu por volta das 18h de quinta-feira (17/12/2020).

Robson Rafael

Precisamos de respostas  

1) Apuração das circunstâncias das mortes dos ciganos  e apresentação dos laudos das perícias. OBS: temos uma foto do Rui Oliveira algemado na delegacia de Rio Real (BA) e depois morto. Segundo informações os CIGANOS Alonso de Oliveira e Marcony da Gama Oliveira foram colocados em sacos e sofreram espaçamento (verificar o laudo pericial se procede);

2) Apuração com imparcialidade e com rigor sobre as agressões cometidas por policiais nas abordagens dentro das casas das ciganas e na rua. Conforme as denúncias, mulheres, crianças e adolescentes e um caseiro de um cigano foram vítimas de agressões físicas e verbais durante a operação policial;

3) Promoção de cursos para agentes de segurança com foco na melhoria de abordagem policial nas comunidades ciganas, que são vulnerabilizadas por práticas preconceituosas e violentas por agentes das forças de segurança;

4) Durante a formação dos policiais (civil, militar e guarda metropolitano) na academia ter a disciplina Povos e Comunidades tradicionais PCts; 9) Apuração das circunstâncias das prisões. Como foi a remoção dos Ciganos detidos em Rio Real pra Aracaju? Quantos veículos e quem estava em cada veículo?

5) Como foi a apreensão do Marcone Gama Oliveira e Alonso Oliveira?

6) Quem levou os corpos do Alonso e Marcone para o IML e o do Rui Oliveira??

7) Teve perícia nos locais das mortes do Alonso Oliveira, Marcony Gama Oliveira e do Rui Oliveira?

8) Maiores esclarecimentos sobre a morte dos inocentes Anderson Costa dos Santos e do Robson Rafael da Silva (mortos numa calçada de uma casa em Umbaúba) .

Autor: Ascom ICB/Fotos: divulgação