A Prefeitura de Boa Vista divulgou esta semana o resultado do segundo Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa). De acordo com os dados coletados, em todos os bairros há incidência de criadouros do mosquito transmissor da dengue.
O resultado comprova que, apesar dos esforços realizados pela Prefeitura para manter a cidade limpa, o mosquito Aedes aegypti continua se reproduzindo nos domicílios, o que exige uma participação mais ativa da sociedade no combate à doença.
Dos 14 estratos (grupos de bairros) visitados, 11 foram classificados como baixo risco para a transmissão da doença. Os bairros Silvio Botelho, Jardim tropical, Olímpico, Pintolândia, Santa Luzia, 13 de Setembro, Liberdade e Pricumã foram classificados no grupo de alerta com médio risco de transmissão.
Já nos bairros Caranã, Cauamé, Liberdade e Pricumã a situação é mais perigosa. Nesses locais, foi detectado um alto índice de infestação nos domicílios, comprovando a presença de uma quantidade considerável de criadouros de mosquito dentro dos quintais.
A prefeita Teresa Surita lembrou que Roraima está em estado de alerta para o risco de uma epidemia da doença. “Estamos unindo esforços para evitar que nossa população sofra com um surto da dengue. A ação que priorizamos logo no início do mandato foi a limpeza da cidade com a coleta de entulhos e galhadas. Também organizamos a coleta de lixo domiciliar para evitar que os resíduos se transformem em criadouros do mosquito. Agora, precisamos da colaboração de cada cidadão para evitar que a dengue se prolifere em nossa capital”, explicou a prefeita.
A pesquisa LIRAa também mostrou que a maioria dos criadouros, 34%, estão nos chamados depósitos móveis que incluem vasos, frasco com plantas, pingadeira, recipiente de degelo de geladeira, bebedouro e objetos religiosos. Outros 32% dos criadouros identificados estão presentes em objetos como pneus, garrafas pets, latas, sucatas, ferro velho e entulhos. Depósitos fixos como tanques, borracharias, hortas, calhas, lajes, ralos e sanitários concentram 18% dos criadouros identificados.
“O LIRAa é um importante instrumento para detectarmos a presença dos criadouros nos domicílios, verificando também o empenho da população em colaborar com o combate à dengue. Onde há presença do mosquito, existe o risco de transmissão da doença. Por isso é tão importante eliminar os criadouros e evitar que o mosquito se reproduza”, disse o secretário Municipal de Saúde, Marcelo de Lima Lopes.
Ele destacou que o início do período chuvoso é favorável à reprodução do mosquito o que exige mais atenção na eliminação de qualquer recipiente que possa acumular água. “É fundamental que a população redobre os cuidados, mantendo os quintais limpos e livres de qualquer recipiente que acumule água”, afirmou.
Prevenção – Para evitar a proliferação da dengue, a Prefeitura intensificou a realização das visitas domiciliares que é feita por uma equipe de 178 agentes de combate a endemias. Segundo dados da Vigilância Epidemiológica Municipal, nas últimas quatro semanas, foram notificados 105 casos suspeitos e confirmados 15 casos da doença.
Os cuidados com o lixo também são fundamentais para conter a reprodução do mosquito e a proliferação da doença. Com o serviço de limpeza urbana, que consiste na coleta de entulhos e galhadas, a Prefeitura já recolheu mais de 59 mil toneladas de lixo em 25 bairros da capital. A coleta domiciliar também foi reorganizada, evitando que o acumulo de lixo nas lixeiras.
Ascom:PMBV/foto: Reynesson Damasceno
