Na última terça-feira (27/05), foi realizada a cerimônia de posse do Comitê Gestor (CG) do Plano Nacional de Políticas para Povos Ciganos (PNPC), em Brasília. Este novo órgão, que tem a participação do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), foi eleito para o biênio 2025-2027 e terá a responsabilidade de monitorar e avaliar a implementação do plano.
O coordenador estadual da Rede Brasileira dos Povos Ciganos (RBPC) em Pernambuco, Enildo Kalon, que também preside a Associação dos Ciganos de Pernambuco (ACIPE) e integra o coletivo cigano “Juntos Somos Mais Fortes”, esteve presente na cerimônia de posse do Comitê Gestor Nacional dos Povos Ciganos. “Precisamos reforça aliança entre lideranças de diversos estados” destacou Enildo.
Avanço histórico
O evento marcou um avanço histórico para as políticas públicas voltadas aos povos ciganos no Brasil, com a formação de um comitê composto por 99% de representantes ciganos, em sua maioria lideranças legítimas das comunidades. Enildo foi convidado pela Coordenadora-Geral de Políticas para Ciganos, Edilma do Nascimento para compor o evento de posse, e também participou ativamente da apresentação dos resultados do Mapeamento Nacional das Comunidades Ciganas — iniciativa estratégica do Ministério da Igualdade Racial (MIR), no estado de Pernambuco, Enildo desempenhou o papel de consultor do projeto, contribuindo com dados e articulações locais fundamentais para o reconhecimento territorial e social das famílias ciganas.
Durante a programação oficial, que incluiu debates sobre o Plano Nacional de Políticas para os Povos Ciganos (PNPPC) e os compromissos para o quadriênio 2024–2027, foi firmada uma aliança inédita entre lideranças de diferentes estados. Representantes das associações ciganas da Paraíba, Pernambuco, Tocantins, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e São Paulo estabeleceram um pacto de união, defesa e cooperação mútua.
Pacto
Esse pacto visa o fortalecimento da luta coletiva dos povos ciganos em todo o território nacional, promovendo a garantia de direitos fundamentais, a valorização das culturas e tradições ciganas e a superação das múltiplas formas de preconceito e exclusão social ainda enfrentadas.
A participação de Enildo Kalon e de outras lideranças nesse momento estratégico representa um marco no reconhecimento das vozes ciganas como protagonistas da própria história. A construção conjunta de políticas públicas, com protagonismo cigano, é um passo fundamental rumo à justiça social e ao respeito à diversidade étnica e cultural do Brasil.
Autor: Ascom RBPC/foto: divulgação