Confiança do consumidor recua 2,2% em Fortaleza, mas mantém perspectiva otimista

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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Fortaleza registrou queda de 2,2% em fevereiro, atingindo 118,4 pontos, ante os 121,1 pontos observados em janeiro, aponta pesquisa da Fecomércio Ceará, realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC). O recuo já era esperado e marca o início de um período de menor sazonalidade para o varejo na capital cearense.

Apesar da redução, o indicador permanece dentro da faixa que sinaliza otimismo dos consumidores, refletindo a resiliência da confiança econômica e a percepção positiva sobre o futuro.

A queda do ICC foi impulsionada pelo Índice de Situação Presente (ISP), que retraiu 4,4% no mês, passando de 116,2 para 111,0 pontos. Já o Índice das Expectativas Futuras (IEF) recuou 0,9%, chegando a 123,3 pontos, demonstrando que, apesar da desaceleração, os consumidores ainda mantêm perspectivas favoráveis em relação aos próximos meses.

A diretora institucional da Fecomércio, Cláudia Brilhante, avalia o resultado como um reflexo natural do calendário econômico, mas ressalta que o cenário ainda é positivo. “A confiança do consumidor segue em um patamar elevado, mesmo com a queda sazonal. O mercado de trabalho aquecido e a melhora da renda têm sustentado essa percepção. O recuo no índice de intenção de compra pode impactar o varejo no curto prazo, mas a expectativa é de retomada gradual à medida que os consumidores recuperam fôlego financeiro e identificam novas oportunidades para o consumo”, afirma.

A pesquisa mostra que 71,7% dos consumidores de Fortaleza avaliam sua situação financeira atual como melhor ou muito melhor do que há um ano. Já 82,3% acreditam que suas finanças pessoais irão melhorar ainda mais nos próximos meses.

Quando questionados sobre a economia nacional, 61,2% dos entrevistados demonstraram confiança na melhoria do cenário ao longo dos próximos 12 meses, influenciados pela estabilidade do mercado de trabalho e pela evolução do PIB, apesar do aumento do custo de vida e da taxa de juros.

Outro dado relevante é que 54,8% dos entrevistados consideram o momento propício para aquisição de bens duráveis. O perfil dos consumidores mais otimistas é composto, em sua maioria, por mulheres (55,8%), jovens entre 18 e 24 anos (60,5%) e pessoas com renda familiar entre cinco e dez salários-mínimos (65,3%).

Intenção de compra apresenta recuo

O levantamento aponta que a intenção de compra dos consumidores fortalezenses caiu 12 pontos percentuais em fevereiro, passando de 45,7% em janeiro para 33,7%. O resultado também é inferior ao registrado no mesmo período de 2024 (41,1%).

Entre os consumidores que ainda planejam comprar nos próximos meses, o maior interesse é por móveis e artigos de decoração (19,1%), televisores (18,7%), geladeiras e refrigeradores (17,7%), vestuário (15,6%), fogões (10,5%) e calçados (9,6%). O valor médio das compras foi estimado em R$ 641,82.

Autor: Da redação com ascom/foto: ascom