Cinco novos médicos reforçam o atendimento no Hospital da Criança

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A Prefeitura de Boa Vista está organizando os serviços de saúde municipais para melhorar o atendimento à população durante o período sazonal, época do ano em que começam as chuvas e as mudanças climáticas são muito bruscas. Este período favorece a proliferação das diarréias e de doenças que afetam o sistema respiratório principalmente, entre as crianças.

Prevendo o aumento do número de pacientes que procuram pelos serviços médicos na emergência do Hospital da Criança Santo Antônio, a Prefeitura reforçou a unidade com a contratação de mais cinco médicos. Por orientação da prefeita Teresa Surita, o Hospital fortaleceu o serviço de Classificação de Risco, estabelecendo a prioridade de atendimento. A Prefeitura também fez readequações no quadro de pessoal, considerando as estatísticas de 2012.

“Nossa proposta é organizar a ordem de prioridade para melhorar o atendimento e diminuir o tempo de espera. É importante lembrar que os pais só devem recorrer ao Hospital da Criança nas situações realmente graves. Nos casos mais simples, é fundamental que a família procure inicialmente, o serviço de saúde disponível em nossas unidades básicas”, explicou a prefeita Teresa Surita.

Ao dar entrada na emergência, a criança será avaliada por um enfermeiro e um técnico de enfermagem responsável pela triagem que determinará a gravidade da situação, classificando a prioridade do atendimento. O sistema adotado pela Prefeitura segue a orientação do Ministério da Saúde para classificação de risco.

A cor vermelha identifica as emergências absolutas, com prioridade máxima para o atendimento; laranja para as emergências; amarelo para urgências; o verde para os casos pouco urgentes e o azul para os casos não urgentes.

“Esse atendimento facilita a identificação de casos, reduzindo assim o tempo de espera dos pacientes. É um padrão utilizado nas principais unidades hospitalares do país e que permite dar prioridade a quem realmente precisa do socorro emergencial”, explicou o secretário Municipal de Saúde, Marcelo de Lima Lopes.

Conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), só no setor de emergência do Hospital da Criança são atendidos diariamente, 320 pacientes. Desse total, 60% poderiam ter sido resolvidos nas Unidades Básicas de Saúde, evitando o deslocamento da família até a unidade e o aumento na demanda pelo atendimento que prejudica a qualidade do serviço oferecido à população. Além disso, 35% do total de atendimentos e internações no Hospital são de crianças oriundas de outros municípios.

Conheça o esquema de cores da Classificação de Risco

– Vermelho: Situações que exigem atendimento imediato como parada cardiorrespiratórias, traumas graves (perfurações com alteração mental, grandes queimaduras, fraturas, desmaios, crises convulsivas e grandes hemorragias), desidratação graves.

– Laranja: tempo de espera 15 minutos. Traumas moderados, queimaduras, febre em menores de 3 meses e a partir de 39º em qualquer idade, crise de asma e crianças com necessidades especiais.

– Amarelo: tempo de espera 30 minutos. Desidratação sem vômito, pós-crise convulsiva sem alteração, corpos estranhos, relatos de desmaio e intoxicação sem alteração.

– Verde: Atendimento médico após as prioridades (vermelho, laranja e amarelo) e por ordem de chegada. Sintomas gripais, febre até 37º, vômito e diarréia sem sinal de desidratação. Esses casos podem ser atendidos nas Unidades Básicas de Saúde.

– Azul: troca de requisição de exame, solicitação de atestado e troca de receita, imunizações e troca de curativo.