“Se todas as leis fossem seguidas, nós estaríamos vivendo em um país diferente, com mais qualidade de vida”
O pneumologista Jesian Aguiar alerta que o fumante passivo, ou seja, a pessoa que convive com um fumante, tem 30% a mais de chance de desenvolver um câncer, do que outra pessoa que não tem esta convivência. Segundo ele, as crianças e os indivíduos que têm um problema de ordem pulmonar são os mais prejudicados. “O mínimo de contato com a fumaça de cigarro para uma pessoa que tem problema respiratório é suficiente para agravar crises mais frequentes.
Já as crianças que convivem com pai fumante têm 30% a mais de chance de ter gripe e resfriado que uma criança que não tem pai fumante. Caso ela tenha os dois pais fumantes, o risco aumenta para 60%”, detalha Jesian. O pneumologista estima que, a cada seis cigarros que uma pessoa fuma ativamente, dois deles vão para o fumante passivo. “O convívio é um fator que desencadeia muitas das complicações que levam as pessoas ao hospital. Doenças respiratórias, derrame e o câncer do estômago podem ser desencadeados pela inalação passiva da fumaça. “Se todas as leis fossem seguidas, nós estaríamos vivendo em um país diferente, com mais qualidade de vida”, destaca.
A absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes causa:
1 – Em adultos não-fumantes:
Maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça; Um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.
2 – Em crianças:
Maior frequência de resfriados e infecções do ouvido médio; Risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exarcebação da asma.
3 – Em bebês:
Um risco cinco vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil); Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.
Da redação/Jurbiléia Pinto