Câncer de mama mata 40% das mulheres diagnosticadas com a doença no Brasil

929

No combate ao câncer de mama, médica ginecologista alerta para fatores de risco e dá dicas de prevenção para evitar diagnostico tardio.

Hoje dia 29 de abril é o dia Nacional de Combate ao Câncer de Mama e nada mais oportuno para a data do que fazer um alerta.

A cada 10 mulheres diagnosticadas com câncer de mama no País, quatro vão morrer vítimas da doença. O dado faz parte de um levantamento sobre a doença encabeçado pela pesquisadora Nahila Justo, diretora da consultoria externa Optum Insight, especializada em saúde.

Outro dado alarmante, do Instituto Nacional do Câncer (Inca), é que dentre todos os tipos de câncer, o de mama ainda é o mais fatal para a população feminina. E a tendência é que o número de casos dobre até 2030. O aumento nos números está relacionado com o envelhecimento da população, a redução na taxa de natalidade e o aumento na expectativa de vida.

Segundo a médica ginecologista Maria Letícia Fagundes, a “nova“ idade da primeira gestação ajudou a mudar esse panorama. “Hoje, as mulheres engravidam geralmente acima dos 30 anos, o que eleva a chance de aparecimento da doença. Isso acontece por dois fatores: a gravidez prorrogada, somada ao fato de que hoje as meninas menstruam mais cedo, torna as mulheres mais vulneráveis à ação dos hormônios femininos, o estrógeno e a progesterona, que exercem impacto importante no aparecimento do câncer de mama“, explica Maria Letícia. O consumo de bebidas alcoólicas e de cigarro e o aumento da obesidade também são fatores de risco, acrescenta a médica.

Entretanto, segundo a ginecologista, existe ainda um fator que preocupa ainda mais: a falta de prevenção. “O Câncer de mama, quando é diagnosticado tardiamente, eleva muito a taxa de mortalidade“, diz. Portanto, a recomendação é que a mulher sempre faça o auto-exame em casa, além dos exames periódicos no. A mamografia, também essencial, deve ser feita em pacientes com idade acima de 40 anos ou antes, caso seja diagnosticada a necessidade.

“Uma dieta leve, aliado a prática de exercícios regulares também é recomendável “, afirma.

Da redação com BP/foto: divulgação.