Nesta quinta-feira (30/10), na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) foi palco do 1° Grito dos Povos Ciganos da Bahia, um evento histórico que reuniu lideranças ciganas e representantes do Estado para discutir questões pertinentes às comunidades ciganas e fortalecer laços com outras organizações sociais. O encontro foi marcado pela presença de importantes figuras públicas e ativistas, que se uniram em prol da luta dos povos ciganos por valorização e respeito às diferenças um importante passo na luta por visibilidade, respeito e justiça para os povos ciganos. Foi um encontro de vozes firmes, que ecoaram com força, fé e esperança.
De acordo com a coordenadora RBPC/BA, Calin Ely Macêdo em nome de todas as coordenações “O 1° Grito dos Povos Ciganos da Bahia foi um sucesso, reunindo diferentes vozes em prol de uma causa comum: a valorização e o respeito às diferenças. O evento demonstrou a força da comunidade cigana e sua determinação em lutar por seus direitos e pela inclusão social” destaca Ely.

O presidente da RBPC, cigano Rogério Ribeiro, não esteve presente no evento com problemas de saúde, “A RBPC, por justiça, respeito e dignidade aos Povos Ciganos, manifesto meu profundo agradecimento a todos e todas pela valiosa participação, por dedicarem seu tempo e energia a esta causa em um momento em que a democracia é desafiada, é fundamental que instituições públicas se posicionem em defesa da liberdade de expressão e da dignidade dos corpos historicamente silenciados” lembrou o presidente.

Ausência devido o luto
Algumas lideranças não puderam comparecer, seja por estarem de luto, seja por ainda sentirem o medo que tomou conta após o trágico assassinato da cigana Silvane, em Alagoinhas, e o grave estado de saúde que se encontra a cigana Luana. Respeitamos esse momento de dor e reafirmamos nosso compromisso em continuar lutando para que casos como esse não se repitam e não silenciem mais ninguém.

Apesar de tudo, o evento aconteceu — e foi promissor. Mostrou que, mesmo diante da dor e das dificuldades, os povos ciganos seguem unidos, de pé e com sua voz cada vez mais forte.
Participantes:
– Deputada Estadual Olivia Santana: Representando o poder legislativo estadual, Olivia Santana reafirmou o compromisso do governo com as causas sociais e a promoção da igualdade.
– Cigana Calin Ely Macedo: Coordenadora da RBPC/BA, Ely Macedo foi uma das principais articuladoras do evento, que busca fortalecer a voz da comunidade cigana na Bahia.

Dra. Patrícia Pataxô Hã-hã-hãe, Superintendente de Políticas para Povos Indígenas da Bahia, enalteceu o evento e a união dos PCTs, “O encontro foi um importante espaço de diálogo sobre os desafios enfrentados pelos povos ciganos, especialmente no enfrentamento ao preconceito, na busca por visibilidade e no fortalecimento do respeito e do reconhecimento de seus direitos e de sua cultura “disse Patrícia.
– Major André: Representante da Superintendência da SSP/BA, Major André destacou a importância da segurança e da inclusão social para a comunidade cigana.
– Adinael: Representante da SEPROMI, Adinael discutiu políticas de inclusão e promoção da igualdade racial e social.
– Cacique Agnaldo Pataxó: Coordenador geral do Movimento Unido dos Povos Organizados Indígenas da Bahia (Mupoiba), o cacique Agnaldo Pataxó ressaltou a importância da solidariedade entre os povos tradicionais.

– Jurandir Wellington Pacífico: Gestor cultural e liderança do Quilombo Pitanga de Palmares, Pacífico destacou a importância da cultura afro-brasileira e sua conexão com a cultura cigana.
Calon Gilson Dantas: Liderança cigana de Camaçari, Dantas falou sobre a importância da visibilidade e do reconhecimento da comunidade cigana.
– Roque do Nascimento Albuquerque: Representante do Reitor da UNILAB, Albuquerque destacou a importância da educação e da pesquisa para a promoção da inclusão social.

– Sileia Albuquerque: Irmã de Roque, Sileia é uma liderança cigana que trabalha pela valorização da cultura cigana.
Jailma – Associação de Mulheres Ciganas da Etnia Calon do estado da Bahia- Regional Chapada Diamantina.
Daniele Quadros; destacou a cultura cigana, através da dança e musica.
– Paulete Furacão: Ativista LGBTQIA+, Paulete Furacão discutiu a interseccionalidade das lutas sociais e a importância da solidariedade entre diferentes grupos.
Autor/Fotos: RBPC











