Tida como uma doença autoimune e desencadeada por fatores emocionais, condição provoca desconforto estético
Caracterizado por manchas brancas e irregulares que surgem em diversos pontos da pele, o vitiligo é uma doença que não apresenta riscos importantes para a saúde do paciente, mas provoca um desconforto estético muito grande, principalmente quando se manifesta nas áreas mais visíveis do corpo. O problema não é contagioso e pode surgir em qualquer fase da vida.
Causas
A origem do problema não é totalmente conhecida. Porém, a teoria mais aceita é de que se trata de uma doença autoimune. “Os melanócitos, células que produzem o pigmento da pele, a melanina, são destruídas pelo próprio sistema imunológico, o que provoca manchas brancas em diferentes locais da pele”, explica a dermatologista Natalia Cymrot. Isso ocorreria porque o sistema de defesa do organismo entende, erroneamente, que os melanócitos são prejudiciais e devem ser eliminados.
Acredita-se que a condição está frequentemente relacionada a variações e traumas emocionais.
O vitiligo pode acometer as mais diversas áreas da pele, sendo, por vezes, concentrado em uma região e, por outras, disperso.
Tratamento
Por não ter causa definida, não se pode falar em cura definitiva da doença. “Porém, existem maneiras eficazes de tratar o vitiligo”, garante Dra. Natalia.
Uma delas é a aplicação de cremes à base de corticoides sobre as áreas afetadas, ou a administração via oral da substância, nos casos em que a doença está progredindo rapidamente. O componente é capaz de controlar o sistema imunológico.
Outra opção é a exposição à radiação UVB por meio de lâmpadas ou do próprio sol.
Nos casos de manchas estáveis, que pararam de aumentar de tamanho e são únicas, pode-se fazer um transplante de melanócitos do próprio paciente. “Retira-se fragmentos de pele de alguma região escondida do corpo e implanta-se na área afetada, onde ocorre uma espécie de espalhamento de pigmento, permitindo que a coloração volte ao normal aos poucos”, esclarece a dermatologista.
“A face é uma área que reponde bem ao tratamento. Já as mãos e pés têm um retorno menos satisfatório”, afirma a especialista, que complementa: “Acredita-se que pacientes com vitiligo se beneficiem muito do acompanhamento psicológico para a melhora da doença.”
Fonte: Bolsademulher