Deputado Flamarion afirmou que entregará as copias das denuncias envolvendo o IPER aos órgãos da Justiça
Ao fazer uso da tribuna em sessão ordinária na manhã desta quarta-feira, 9, no plenário da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), o deputado Flamarion Portela (PTC) falou sobre o suposto envolvimento do diretor presidente do Instituto de Previdência de Roraima (IPER), Rodolfo Braga, com a máfia do Fayed, que envolvem mulheres destinadas a seduzir prefeitos das regiões Norte e Centro-Oeste do país, que culminou com desvio de recursos, conforme as notícias publicadas na mídia nacional.
Apresentando reportagens de revistas de maior circulação do país, entre extratos de contas, inquéritos, entre outros documentos, o parlamentar explicou como funcionava o esquema de fraude. “Existem inquéritos da Justiça Federal que provam a participação dos estados de Tocantins e Roraima. E a senhora Luciane Lauzimar Hoepers, conhecida como a ‘Loira da Máfia’, juntamente com outras mulheres, disse na reportagem da revista Veja que Eduardo Lemos, também conhecido como ‘Dudu’ tinha muito contato com um ‘tal’ de Braga de Roraima, e que também tinha ligação com uma moça chamada Daniele que reside em Manaus. O mais interessante é que ela também cita na referida reportagem o envolvimento de um governador”, informou.
Flamarion também falou da suposta participação do senhor, Francisco Idako no esquema de fraude, que encaminhou em março de 2012, toda a orientação, por meio de e-mail para dois assessores do atual diretor presidente do IPER, sobre as formas de aplicação dos recursos previdenciários nos fundos.
Já em janeiro e fevereiro de 2012, o ‘Dudu’ trocou e-mails com um dos assessores de Braga, em que falava sobre a Findis Consultoria Financeira, sediada em Manaus. “Segundo a revista Veja de junho mostra que o senhor ‘Dudu’ havia sido preso no Aeroporto de Brasília com R$ 465 mil em espécie. A matéria fala ainda que após sofrer investigações esse cidadão passou a residir em Manaus, criando a Findis Consultoria, sendo que pertence a mesma empresa supostamente envolvida na máfia.
O mais interessante é que no Diário Oficial do Estado de Roraima, o senhor Francisco Idaka, acusado de participar do crime, foi nomeado por Braga ao cargo de consultor chefe de Planejamento do IPER.
O deputado também apresentou inquéritos do Tribunal Regional Federal, informando que o Fundo de Investimento Diferencial Renda Fixa à Longo Prazo aponta a existência de 44 investidores, que destes estão inclusos os estados de Roraima e Tocantins, que somou R$ 232 milhões em prejuízos.
“Por enquanto identificamos que Estado de Roraima obteve uma perda de R$ 33 milhões. Mas ainda existe outra denúncia, com base no inquérito do Tribunal Regional Federal, da 1ª Região envolvendo o senhor Getúlio Francisco Coelho, conhecido como ‘G’, que possui quatro empresas gerenciadoras de fundos financeiros, sendo que Roraima também se encontra como um dos investidores. No mesmo inquérito também consta uma perda com a falência do Banco BVA foi equivalente a R$ 363 milhões, sendo que dois desses fundos contem recursos previdenciários do nosso estado.
Flamarion encerrou o discurso afirmando que encaminhará os documentos aos órgãos competentes para que tomem as providências necessárias com relação ao caso. “Seria importante nesse momento que o bom senso prevalecesse e que o governador José de Anchieta (PSDB), exonerasse Rodolfo Braga da direção do IPER, pois é o dinheiro que garantirá o futuro dos servidores e seus familiares”, concluiu Flamarion.
Apoio – Os deputados Brito Bezerra (PP), Joaquim Ruiz (PTN), Mecias de Jesus (PRB), Ivo Som (PTN), Soldado Sampaio (PC do B) parabenizaram o pronunciamento de Flamarion e anunciaram apoio ao parlamentar. “Não podemos permitir que o senhor Braga continue a frente do IPERR, já que o mesmo está sendo investigado neste esquema. É importante que a base aliada converse com o governador e explique essa situação, pois é o dinheiro do povo que está sendo lesado”, encerra Brito.
Ascom/ALE-RR