Está na reta final do brasileirão de 2022, já se foram 35 jogos da competição, e as probabilidades de rebaixamentos são contabilizadas a cada partida dos clubes na parte inferior da tabela. Segundo as projeções dos estatísticos do futebol, o Juventude é o primeiro clube rebaixado da temporada, o Avaí a luz vermelha indica 98,4% de probabilidades de descenso, o Ceará tem 70,4% de chances de cair, o Atlético Goianiense com 59,9% e o Cuiabá, 43,2% de risco. São estes os alvos mais propensos para segundona.
A meu ver, escasseiam as chances para estes que estão no fundo da tabela escaparem da descida para a série B. A briga será acirrada entre Atlético e Cuiabá. Quanto ao vozão, só um milagre para se livrar da degola. Mas, como diz o provérbio, “Enquanto há vida há esperanças”.
Vejo o destino do alvinegro de porangabuçu com poucas opções de rotas de fugas. A queda parece inevitável. Mesmo sabendo que vozão já figurou 27 nessa posição! Hoje, o clube não tem mais perfil de série B. Por isso, não era para estar nesta pantanosa posição. Porém, desde quando iniciou o segundo turno do campeonato, o vozão não soube, mas o que é ganhar um jogo. O time está irreconhecível, nitidamente sem pulso, sem energia e sem futebol, deixando a torcida desacreditada e revoltada.

Para piorar a situação, os torcedores do time da casa promoveram um quebra-quebra na partida contra o Cuiabá. Este ato de vandalismo custou a justa punição; jogar as partidas que restam com os portões fechados e sem a presença da torcida. Ou seja, “além da queda o coice”, para quem estar em péssimas condições.
Por fim, perder para o Fluminense no jogo do dia 31/10, foi a curva da morte. Não tinha saldo para tal, foi quase um decreto de rebaixamento antecipado.
Agora é arrancar das pedras vitórias e ganhar as três partidas que restam. E ainda torcer pelo tropeço dos outros que estão na batalha para se salvarem e conseguir o milagre da permanência no clã do futebol brasileiro. É a maior de todas as responsabilidades. Vamos ter fé, afinal, Nietzsche, nos legou, “Ter fé é dançar na beira do abismo”.
Muito diferente do Fortaleza que buscou uma dose concentrada de confiança e reabilitação no segundo turno desta dura competição. Hoje, ocupa os degraus de cima da classificação. Lugar que sua torcida se acostumou está entre os grandes, por que o time se postou como e grande, convicto que ali na série especial do futebol é o seu lugar familiar, para elevação do ego da equipe e de sua torcida.
Autor: Moacir de Sousa Soares
Torcedor caloroso do esporte cearense