Rede de saúde contará com programa para transexuais

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Objetivo é tratar problemas como complicações por uso de silicone

A rede pública de saúde da cidade contará com um programa específico para o atendimento de transexuais e travestis. Publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial do município, uma resolução conjunta da Secretaria municipal de Saúde e da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual (CEDS), da Secretaria municipal de Governo, criou o Programa de Atenção Integral à Saúde da População de Transexuais e Travestis, que deve ser regulamentado em até 90 dias. Os recursos para o projeto — em torno de R$ 2 milhões na primeira fase — são do Fundo Municipal de Saúde.

A porta de entrada do programa serão as unidades de atenção primária (clínicas da família e centros municipais de saúde). A iniciativa prevê, por exemplo, o tratamento de complicações pelo uso de silicone industrial e hormônios. Após consulta com um clínico geral, o paciente será encaminhado para especialistas.

‘A grande inovação desse programa é o atendimento na atenção primária. Em função do temor de sofrer preconceito, muitas pessoas do seguimento trans nem chegavam a procurar esses locais’, disse Daniela Murta, assessora técnica de saúde da CEDS.

O programa deverá atender 80 pessoas em sua primeira fase. Caso seja necessário, os pacientes serão encaminhados para atendimento de psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia e serviço social. Os usuários também terão acesso à hormonioterapia.

‘Essa resolução coloca em prática o espírito do SUS, que é o do direito universal à saúde’, disse o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann.

Fonte: Agência Brasil