O presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores (CUT-SP), Adi dos Santos Lima, disse em entrevista exclusiva à TV Estadão que ficou satisfeito com o resultado das mobilizações de quinta-feira, durante o Dia Nacional de Lutas. E garantiu que o movimento sindical não sairá das ruas caso o governo não apresente respostas concretas à demanda das centrais. Segundo ele, ‘apenas reuniões’ não irão resolver as demandas dos trabalhadores. “Se o governo não se mover da sua posição de reunião e não apresentar algo concreto, é evidente que as centrais não podem sair das ruas. E aí teremos de pensar em mobilizações mais fortes”, disse, reforçando que a CUT é contra uma futura convocação de greve geral. “A pauta das centrais é dirigida, não temos uma pauta que seja contra o governo, não é uma pauta contra o sistema. ”
Questionado sobre a dimensão das manifestações convocadas recentemente pelas redes sociais ter sido bem maior do que a das centrais, Adi rechaçou a comparação e defendeu que “as vontades precisam ser expressas” independentemente de ligações partidárias ou sindicais. Pagamento Questionado se procediam as denúncias de que algumas centrais teriam pago para manifestantes comparecerem nos atos da Avenida Paulista, em São Paulo, o presidente da CUT-SP afirmou que “essa não é uma prática da CUT”. “Já ouvi falar também que tem centrais sindicais que alugam esse tipo de serviço, mas eu não posso afirmar nada porque não tenho conhecimento”, disse.
Da redação com AE
