Atrasar o corte do cordão umbilical aumenta estoques de ferro no bebê

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Estudo mostra benefício em procedimento feito pelo menos um minuto depois do nascimento

Um novo estudo mostra que cortar o cordão umbilical do bebê, pelo menos um minuto após o nascimento, aumenta o estoque de ferro e o nível de hemoglobina do bebê sem trazer riscos para a mãe.

Recém-nascidos que tiveram esse corte ‘tardio’ apresentaram um nível de hemoglobina maior entre 24 e 48 horas depois do parto e ficaram menos vulneráveis à deficiência de ferro entre três e seis meses de vida, segundo o estudo publicado esta semana no Banco de Dados Cochrane de Revisões Sistemáticas.

A análise mostra que o atraso no corte do cordão umbilical permite que mais sangue seja passado da placenta e isto aumenta a imunidade do bebê. O peso do nascimento também foi significativamente alto na avaliação do grupo de corte tardio, em parte porque os bebês receberam mais sangue das mães.

‘Acredito que teremos cada vez mais cordões cortados tardiamente’, disse ao jornal ‘The New York Times’ o médico Jeffrey Ecker, do comitê de prática obstétrica do Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia.

O procedimento não aumentou o risco de hemorragia pós-parto, perda de sangue, nem reduziu os níveis de hemoglobina nas mães. A Organização Mundial de Saúde recomenda o corte do cordão umbilical depois de um a três minutos, para aumentar o nível de ferro no bebê. Eventualmente o atraso no corte do cordão pode levar à icterícia, causado por problemas do fígado ou pelo excesso de perda de glóbulos vermelhos, alerta a OMS. Um comitê do Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia, no entanto, afirma que a icterícia não é uma razão para que a prática seja deixada de lado.

Da redação\foto:ilustrada