Defesa do goleiro Bruno pede anulação do júri

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O goleiro foi sentenciado a 22 anos e três meses de prisão.

O advogado de Bruno Fernandes, Lúcio Adolfo, apresentou à Justiça o pedido de anulação do julgamento que condenou o goleiro a 22 anos e três meses de prisão pela morte de Eliza Samúdio. No recurso, há também a contestação da sentença, segundo o defensor. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), o pedido de apelação foi entregue pela defesa na última sexta-feira (8).

Bruno foi condenado a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver. A pena foi aumentada porque o goleiro foi considerado o mandante do crime, e reduzida pela confissão do jogador. O atleta e a ex-mulher, Dayanne Rodrigues, foram julgados durante quatro dias no Fórum de Contagem, Minas Gerais; ela foi absolvida.

Na última sexta (8), após a condenação do atleta, o advogado Lúcio Adolfo adiantou que pediria a anulação do júri. “Tem um artigo que fala, no Código de Processo Penal, que o direito ao silêncio do acusado deve ser respeitado de tal forma que é proibido fazer qualquer referência a ele. Se for preciso, inclusive, usar algema no réu é proibido fazer referência ao uso de algema”, disse o defensor, na ocasião.

Segundo Adolfo, na tarde da última quinta (7), durante o julgamento, o advogado da mãe de Eliza José Arteiro se exaltou depois que Bruno se manteve em silêncio. “Isso, absolutamente, anula o processo”.
Além disso, Adolfo afirmou que um dos jurados reside em Belo Horizonte. O que poderia, também, trazer a anulação, segundo o advogado.

Da redação com G1/ (foto: Renata Caldeira/TJ-MG/Divulgação)