“Ontem foram vaias hoje aplausos”
O projeto de autoria do presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Jânio Xingú (PSL), que estabelece procedimentos para o porte de armas de fogo por agentes penitenciários, mesmo fora de serviço. Para assegurar o direito, o agente deverá comprovar capacidade técnica e aptidão psicológica.
O parlamentar destacou, em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa de Roraima-ALE/RR. “Este projeto traz uma segurança para os agentes penitenciários e para a sua família, eles são altamente responsáveis, passaram por uma academia e 85% tem instrução de nível superior” destacou Xingú. O parlamentar foi aplaudido pelos agentes penitenciários, na ocasião outro embate aconteceu envolvendo o deputado Xingú e o deputado Soldado Sampaio.
Entenda
O deputado Marcelo Cabral (PPS), disponibilizou seu tempo para o autor do projeto, de imediato o deputado Soldado Sampaio (PCdoB) repeliu o deputado Chicão da Silveira (PDT) que presidia a sessão, “Esse tempo tem que ser retribuído para todos os deputados” pediu Sampaio, que recebeu vaias dos agentes, o presidente não atendeu, e Xingú disparou” O senhor está atrapalhando meu pronunciamento. O senhor está sendo deselegante” disse Xingú.
Em tempo recorde projeto foi aprovado
Após tramitação regimental nas comissões, o projeto que garante a concessão de porte de arma de fogo aos agentes penitenciários, a Lei foi aprovada por 19 votos favoráveis dos deputados que se faziam presentes na sessão, Após a aprovação, vários deputados ocuparam a tribuna para destacar a importância do porte de arma. O deputado Ivo Som, garantiu que o governador Anchieta Junior (PSDB) vai sancionar a Lei. Diversos agentes acompanharam a sessão.
Cabe ainda esclarecer que aos agentes penitenciários e outras categorias, continua sendo possível a solicitação e obtenção de porte de armas junto à Polícia Federal, após comprovação da efetiva necessidade e atendimento dos requisitos previstos na lei (como atestado de capacidade técnica e psicológica)
Agentes agradecem
Cerca de 100 agentes penitenciários, acompanharam a sessão, o agente Ruan Pablo, 19 anos, informou que trabalha numa escala de 24 por 72 horas, na penitenciária agrícola de Monte Cristo. “Passamos por uma academia onde ficamos por cinco meses e aprendemos varias disciplinas, nós ficamos expostos aos presos, com a aprovação do porte não quer dizer que vamos sair atirando nas pessoas” destacou Pablo, continuou. “O objetivo do porte é exclusivamente para nos defender e também a nossa família” explicou.
O agente penitenciário Alexandre Vasconcelos 34 anos, “È um grande avanço, agora podemos trabalhar com mais segurança” definiu Vasconcelos.
Autor:Rogério Ribeiro/Fotos: Yan Renato.