Em Iguatu pacientes com HIV-Aids estão sem receber medicamentos

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Segundo denúncia, problema com transporte na busca de medicamentos em Fortaleza seria o motivo da falta.

Segundo denúncias de alguns pacientes soropositivos, que não quiseram se identificar, funcionários do programa informaram que os medicamentos estão na central de medicamentos em Fortaleza, mas, por causa de problemas com o transporte da prefeitura municipal de Iguatu na busca dos medicamentos na para a cidade, a cerca de um ano vem atrasando a entrega dos medicamentos, mesmo com a solicitação, com isso quem vem sofrendo mais uma vez são os pacientes portadores do vírus da Aids.

Índice em Iguatu

Segundo informações cerca de 150 pessoas estão fazendo tratamento no CEMEAR de Iguatu.

São pessoas e precisa de respeito

Pessoas que vivem com Aids tomam muitos remédios. O tratamento não é fácil, mas podem trabalhar, estudar e transar, com camisinha, é claro, como todo mundo. Em sua maioria, as pessoas não são empoderadas. Elas desconhecem seu direito e acham que estão recebendo um favor na unidade de saúde e muitos se resignam com a interrupção do tratamento.

A importância da medicação

O sucesso do tratamento contra o HIV depende não apenas do controle da carga viral, mas também da continuidade da prevenção de doenças oportunistas.

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Os riscos sem a medicação

Para o remédio chegar a ser indicado, o soropositivo passa pela genotipagem, um exame de sangue que identifica se o HIV já ganhou resistência a outros remédios. Sobre os riscos de um paciente já medicado com o Raltergravir ficar sem tomá-lo. Se o medicamento falta viral aumenta no sangue e, o mais delicado, o vírus ganha resistência ao Raltegravir. Isso é muito ruim, porque a pessoa fica com uma quantidade muito restrita de medicamentos a serem indicados.

Pacientes reclamam a falta de medicamento

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Uma criança de 8 anos soropositivo,   tem passado momentos de angustia nos últimos dias. Ela, que precisa tomar um dos medicamentos diariamente, está uma semana sem  se medicar.

Uma paciente, que não quis se identificar, relata que a situação estaria ocorrendo há oito meses.

Um paciente Carlos Andrade, 26 anos (nome fictício) reclama, “Toda vez que a gente vem, nunca tem. Fica difícil porque não podemos comprar por ser caro demais e precisamos tomar todos os remédios. Quem tem a doença precisa fazer um tratamento ininterrupto para que as boas condições de vida sejam mantidas”.

O paciente M.S.G, de 38 anos, também passou por situação semelhante. Ele relata que ficou com dificuldade para manter o tratamento há pelos menos duas semanas por causa da falta de remédios.

A transmissão de mãe para filho

A transmissão de mãe para filho, que entre a gestação, o parto e a amamentação oscila entre 15% e 45%, pode ser evitada se a mãe segue um tratamento durante a gravidez. Na maioria dos países desenvolvidos já é quase inexistente e, recentemente, Cuba foi reconhecido como o primeiro país do mundo a ter erradicado esse tipo de transmissão. No entanto, em outros lugares a infecção dos recém-nascidos continua sendo frequente.

Autor/Fotos: Rogério Ribeiro e Vinicius Silva