O juiz da Comarca de Bonfim, Aluízio Ferreira, apontou durante a reunião do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), que o tráfico de drogas e a prostituição infantil são dois problemas críticos que devem ser enfrentados com mais rigor na fronteira de Bonfim, com Lethen, na Guiana Inglesa. Ações integradas entre as Polícias do Brasil e Guiana é a proposta do Sistema de Segurança Pública do Estado para combater os dois crimes.
O prefeito de Lethen, Wilson Lorentino, observou que sobre a questão de prostituição infantil há a necessidade de uma ação mais enérgica dos familiares, evitando assim que os filhos menores sejam aliciados.
O juiz Aluízio Ferreira assegurou que esses dois crimes são antigos e têm uma prática continuada na região.
“Esses crimes têm competência tanto na Justiça Estadual, quanto Federal. Realiza-se esse trânsito de pessoas, menores de idade, pelo rio Tacutu, muito raramente por via terrestre. Bem como também o tráfico de drogas, cujos autores utilizam as duas margens do rio, principalmente durante a madrugada. Recebemos várias informações na Comarca relatando essas atividades criminosas”, disse o magistrado.
O presidente do GGI, Francisco Sá Cavalcante e o subcomandante da Polícia Militar, coronel Waney Vieira apontaram que as ações operacionais integradas de forma contínua são uma das soluções para coibir esses crimes.
“Estamos estudando a realização de ações mais enérgicas e dentre essas ações, consta o patrulhamento pelo Rio Tacutu, por embarcações. Esse é o motivo pelo qual precisamos do apoio da Polícia de Lethen e, em contrapartida, precisamos oferecer a eles o treinamento, a capacitação, para um combate mais eficaz a esses crimes”, disse o subcomandante.
Para o juiz da Comarca de Bonfim, a solução desses problemas passa pela discussão entre as duas polícias.
“A ideia do GGI, dessa reunião da Secretaria de Segurança, vem em boa hora para se articular e verificar a melhor solução para dirimir e pacificar essa região fronteiriça. Sem a Polícia de Lethen conversar com a Polícia de Bonfim e de Boa Vista não há como combater esse tipo de crime”, destacou.
INTELIGÊNCIA
O secretário de Segurança Pública informou que foram criados recentemente os núcleos de Inteligência em Pacaraima, na divisa com a Venezuela e em Bonfim, na divisa com a Guiana e que os policiais que atuam nessas duas cidades têm identificado uma série de atuações criminosas que estão sendo investigadas.
“É pela fronteira com a Guiana que entra boa parte de droga em Roraima. Há uma preocupação crescente em fortalecer a Segurança nessa zona fronteiriça. Criamos em Bonfim um núcleo de inteligência para identificar esses crimes e há várias investigações em andamento”, afirmou.
Ascom/foto:SESP-RR











