Garis em Iguatu trabalham sem equipamentos de proteção

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Sem uniformes e sem EPI (Equipamento de Proteção Individual) Garis trabalham como podem em Iguatu

Os garis de Iguatu estão trabalhando sem as mínimas condições de segurança na limpeza da cidade. Equipamentos de Proteção Individual ou EPIs são utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos ameaçadores à sua saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade.

Sem máscaras, luvas, fardamentos inadequados e sem botas, simplesmente as mãos. O servidor que não quis se identificar diz que desde o início da atual administração, não recebem uniformes para que possam trabalhar dignamente. “Temos que trabalhar porque temos família, seja como gente ou como bicho, se não for não tem salário no fim do mês” diz o servidor.

A profissão “Gari” é uma das mais importantes nos dias atuais, pois contribuem para amenizar o problema da Saúde Pública,  mas não têm boa remuneração e ainda.

O Judiciário Trabalhista e o MPE, em situações como esta, devem ser acionados de modo a obrigar as empresas e ao Poder Público a fornecerem condições adequadas e humanas para esses trabalhadores.

O Prefeito do Município, sabe muito bem que higiene é fundamental na vida de uma pessoa, por sua vez tem que tomar conhecimento, caso não saiba das reais condições que a classe menos favorecida da prefeitura está passando.

caminhao de lixo 2

Lixo e doença

Um dos problemas de saúde que podem afetar os garis é a infecção urinária que, se não for tratada, pode provocar cálculo e perda da função renal. A constante exposição ao sol também pode causar o problema, assim como os longos períodos que os trabalhadores ficam sem beber água.

São rotineiras as ocorrências de cortes por objetos como garrafas de vidro e agulhas que podem acarretar danos sérios à saúde. Os garis reclamam de outros problemas como falta de local adequado para alimentação e banheiros.

Direito garantindo “adicional de insalubridade”

A maioria desses trabalhadores é empregada de empresas terceirizadas que prestam serviços a órgãos públicos responsáveis pela limpeza urbana e têm dificuldades em reivindicar seus direitos. A organização sindical de trabalhadores terceirizados é um dos problemas desta modalidade de contratação em vários segmentos e atividades.

De acordo com especialistas, a legislação trabalhista ampara esses trabalhadores com adicional de insalubridade. Eles precisam ter acesso a banheiros químicos ou públicos, condições adequadas de alimentação e uniformes capazes de protegê-los dos riscos que a função traz. Porém, os contratos e convenções coletivas de trabalho são constantemente desrespeitados.

Medidas

Algumas medidas indispensáveis para prevenção de acidente de trabalho devem ser utilizadas, como equipamentos de proteção Individual (EPIs) e coletiva (EPCs), constante treinamento e políticas públicas de reconhecimento e valorização deste profissional, bem com a conscientização para usar os equipamentos.
Autor/ Fotos: Rogério Ribeiro