Autoridades combaterão turismo sexual de menores durante realização de evento esportivo no país

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Durante realização da Copa do Mundo de 2014, o Disque 100 recebeu mais de 11 mil denúncias de casos de exploração sexual infantojuvenil. A informação é do membro titular da Comissão de Esportes da Câmara Federal, deputado Hiran Gonçalves (PMB/RR) que, preocupado com a situação solicitou no ano passado uma audiência pública para apurar os fatos. A intenção, segundo o parlamentar foi buscar apoio das autoridades competentes para combater o turismo sexual durante o acontecimento das Olimpíadas 2016 a ser realizada no Rio de Janeiro.

dr.hiram“Infelizmente, o Brasil é interna­cionalmente considerado um país conivente com relação aos casos de abuso sexual de menores. Na época, a audiência foi um sinal da preocupação do parla­mento, principalmente em eventos de grande porte como a última Copa do Mundo. Foi uma oportunidade de discutirmos com todas as instituições governamentais e Comitê Organizador das Olimpíadas sobre as estratégias que serão colocadas em prática e de maneira articulada, nos anteciparmos ao problema e, indiretamente resgatarmos a posição de nosso país como um destino atrativo por suas belezas e hospitalidade de seu povo”, explicou o deputado, afirmando que a prática ilegal será combatida com ações conjuntas das áreas de segurança pública e saúde.

Na condição de médico, Hiran Gonçalves também procurou expor sua preo­cu­pação na audiência pública com relação às questões que envolvem a saúde dos menores, principalmente com relação às doenças sexualmente transmissíveis. “Segundo dados do Ministério da Saúde, a transmissão de doenças de origem sexual, incluída a AIDS, que possam vitimar crianças e adolescentes nesses grandes eventos, também é outra preocupação, pois esses menores não estão preparados para a ativida­de sexual e nem para a prevenção de doenças ou da gravidez precoce”, justificou.

No entendimento do parlamentar, as Olimpíadas e Paraolim­pía­das são eventos importantes para o Brasil e têm que ser aproveitadas como oportuni­dades únicas. “Temos que estar atentos à melhoria dos índices econô­micos, com os recur­sos que vêm para cá, e darmos um exemplo à comunidade internacio­nal de que o Brasil se preocupa com as questões da formação dos nossos jovens, até porque o esporte é um dos maiores fatores de inclusão social e desenvolvimento das pessoas”, defendeu.

Autor: Da redação com Jânio Tavares/Ascom/Foto: divulgação