Produtos estão mais caros este ano. Dieese dá dicas de como gastar menos.
No período de férias a preocupação dos pais é a compra dos materiais escolares para as aulas que iniciam a partir de fevereiro. De acordo com pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA), os materiais escolares estão mais caros este ano, com um aumento de preço bem acima da inflação (estimada em 6%).
Para evitar que os gastos sejam acima do planejado, os pais devem atentar para algumas recomendações. Segundo o economista do Dieese/PA, Roberto Sena, saber analisar a lista entregue pela escola, pesquisar bem os preços e até mesmo não levar os filhos no momento das compras, são fatores que ajudam a reduzir os gastos.
As escolas entregam uma lista com os materiais necessários para o ano e, às vezes, esta lista tem itens que não são de responsabilidade dos pais, ou mesmo itens em quantidades exageradas.
“A pessoa tem que tomar conhecimento da lista de material escolar e fazer uma crítica em cima dela, atentando principalmente para as quantidades dos materiais solicitados. Tem que observar se aquelas quantidades não estão grandes para o ano”, diz Sena.
Segundo a pesquisa do Dieese/PA, os produtos podem ser encontrados com diferenças de preços que chegam a mais de 30%, dependendo da marca ou local da compra. Além da pesquisa de preços, Sena alerta para a presença dos filhos no ato da compra. Segundo ele, “as crianças não atentam para preço, mas para as figuras apresentadas, como Ben 10, Barbie e outros que são muito caros. Se o pai não tiver cuidado, acaba pagando bem mais”.
A gerente de lojas, Vanessa Polhosa, que foi comprar os materiais escolares acompanhada do filho, encontrou essa dificuldade. A criança escolheu uma mochila no valor de R$ 200,00, enquanto a mãe pretendia levar uma que custava R$ 63,00. “Eu estou tentando convencer ele. Se ele não quiser comprar essa agora, vai ter que vir com o pai dele depois. É difícil porque eu tenho que comprar pra ele, pro meu outro filho e para minha filha ainda. São três e só os livros já custam R$ 700,00”.
Pesquisa Dieese
A pesquisa do Dieese/PA indica que os reajustes de preço em relação ao ano passado variam entre 7% e 15%, dependendo do local de compra.
O caderno é um dos itens mais importantes entre os materiais escolares e podem custar R$ 7,00 ou até mesmo R$ 40,00. O modelo brochura (96 folhas) de capa flexível custa entre R$ 7,00 e R$ 10,00, enquanto o aramado (200 folhas) de capa flexível é comercializado com preços que vão de R$ 8,00 a R$ 25,00. Já os cadernos de capa cura, os mais caros, podem custar até R$ 40,00, o que é o caso dos modelos de temas infantis.
A caixa grande de lápis de cor (12 unidades) Faber Castell custa em média R$ 13,41, com preços variando entre R$ 9,20 e R$ 17,43. O mesmo produto, porém da marca Cromo, pode ser encontrado com preços variando entre R$ 4,00 e R$ 4,50.
Mochilas também têm preços bem variados, conforme a marca. Os preços vão de R$ 40,00 a quase R$ 300,00, assim como as lancheiras que têm preços que vão de R$ 25,00 a mais de R$ 100,00.
Recomendação
Os pais devem atentar para a lista de materiais escolares, pois diversos itens são de responsabilidade da escola. São eles: papel higiênico, balões, sabonete, rolo de fio, grampos para grampeador e clipes, resma de papel, entre outros.