19 de março, Dia “D” de Luta pela Educação: Paralisação na Praça do Centro Cívico

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rrDSCN1904O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter) convoca todos os trabalhadores em educação e a sociedade em geral para a paralisação em protesto contra a situação da educação no Brasil e em nosso estado. As manifestações serão dia 19, a partir da 8h, na Praça do Centro Cívico, em frente à Assembleia Legislativa.

A paralisação é uma adesão à mobilização nacional pela educação, organizada pelo Conselho Nacional de Educação (CNTE), ao qual o Sinter é filiado. Na pauta nacional, será incluída a de interesse dos trabalhadores em educação de Roraima.

Pauta local: Enquadramento dos profissionais da educação, condições de trabalho, enquadramento dos técnicos educacionais no plano de cargos e salários dos professores, pagamento das progressões, reajuste salarial e gestão democrática.

No dia 25 de janeiro de 2013, foi aprovada a Lei 892/2013, que dispõe sobre a criação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações dos Servidores da Educação Básica do Estado de Roraima (PCCREB). O Sinter luta para que todos os trabalhadores em educação sejam enquadrados na nova lei.

“Já faz um ano que a lei foi aprovada, mas devido a interpretações erradas sobre alguns pontos da lei por parte do Governo, os trabalhadores não foram enquadrados. Sem falar nos técnicos educacionais, que foram excluídos do plano pelo governo”, explica Cheiliana Lima, diretora do Departamento dos Estaduais do Sinter.

Condições de trabalho: Professores de várias escolas procuram o sindicato para reclamar das péssimas condições em que exercem suas atividades, situação que afeta o desempenho dos alunos.  A principal crítica é em relação à estrutura das escolas. Dia 26 de fevereiro, professores da escola estadual Albino Tavares solicitaram ao Sinter uma visita para que constatassem a precariedade da escola e que buscasse com a secretaria de educação do estado uma solução.

“A escola está com as salas esburacadas, salas improvisadas com paredes de compensado, ventiladores que não funcionam, falta de merenda. Segundo relato de funcionários, as centrais de ar foram instaladas há quatro anos e nunca funcionaram. Alunos nos relataram que às vezes todos saem da sala, mesmo durante a aula, por não aguentarem o calor”, afirma Ornildo Roberto, diretor-geral do Sinter.

A escola Albino Tavares localiza-se na antiga sede da fazenda Bamerindus, região do Murupu a 35 quilômetros de Boa Vista, na BR 174 sentido Pacaraima. Atende aos filhos dos agricultores da região.

“Importante ressaltar que problemas de estrutura acontecem também na maioria das escolas de Boa Vista. Recebemos muitas reclamações sobre isso. Há poucas escolas em boas condições em nosso estado, no interior esse tipo de problema é ainda mais preocupante, por isso é importante nos mobilizarmos, não podemos aceitar do jeito que está”, acrescenta Ornildo.