Tribunal do Júri sentencia chefe do tráfico em Itapipoca a 15 anos de prisão

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Numa sessão que durou quase 13 horas, o Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Fortaleza sentenciou, na noite desta terça-feira (9), o réu, Francisco Talvane Teixeira, a 15 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, pelo assassinato de outro traficante, Francisco Martins Soares (conhecido por Chiquinho). O réu foi condenado pela prática de homicídio triplamente qualificado e associação criminosa, porém ele já possuía uma longa lista de ações delituosas, incluindo-se sequestro e assaltos.

O crime ocorreu na cidade de Itapipoca, no dia 08/01/2007, e, em razão do grau de periculosidade do réu, o processo foi desaforado para a Capital. A sentença atende à denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), através do promotor de Justiça Marcus Renan Palácio. No mesmo processo, os demais réus, Antônio Edísio Pires e José Wellington Oliveira Braga, foram condenados por associação criminosa, mas o Juízo da 1ª Vara do Tribunal do Júri reconheceu a prescrição dos crimes cometidos por estes, considerando a transcorrência de mais de oito anos data da denúncia inicial sobre o fato.

Segundo demonstraram as investigações, Francisco Talvane Teixeira é integrante de uma organização criminosa e liderava o tráfico de entorpecentes com a distribuição de drogas trazidas de São Paulo pelo então comparsa, Francisco Martins Soares. Porém, este deixou de ser subordinado a Talvane, passando a assumir a condição de concorrente, devido aos lucros gerados pela atividade ilícita. A disputa pelo controle do tráfico de entorpecentes na região de Itapipoca motivou o crime.

O réu, Francisco Talvane Teixeira, é homicida e traficante e foi apontado como tendo sido, também, quem comandou, no ano de 2006 e de dentro do presídio Instituto Professor Olavo Oliveira (IPPOO), o sequestro do empresário Ricardo Rolim, dono da revenda de veículos Crasa. Além disso, graças ao resultado da Operação Pedra Lascada, deflagrada em 14/09/2007, pela Polícia Federal, com o apoio do MPCE e da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social, Talvane fora condenado a nove anos de prisão por sua participação no assalto à empresa de segurança e transporte de valores CORPVS. O roubo teria rendido cerca de R$ 6 milhões aos acusados. Porém, ele cumpria a pena em regime semiaberto.

Autor: Da redação com ascom/Foto: divulgação