Policiais Civis de Roraima participarão nos dias 24 e 25 deste mês, na Academia de Polícia Integrada Coronel Santiago (APICS), do curso de Operador de Pistola Taser, classificada como Arma de Eletricidade Conduzida, menos letal.
Precisas, leves e de fácil manuseio, mas capazes de liberar até 50 mil volts, as pistolas Taser, começam a ser introduzidas no arsenal da Polícia Civil de Roraima que já dispõe de 30 equipamentos do modelo X26. Entretanto, somente policiais habilitados podem operá-las.
Inicialmente quatro policiais Civis de Roraima realizaram cursos em Manaus com o objetivo de serem instrutores. O curso aos instrutores foi ministrado pela equipe da empresa Taser International Inc.
Os instrutores foram submetidos a provas teóricas, com percentual mínimo de acerto de 90% e provas práticas, além de ministrarem aulas para a equipe de avaliadores e, assim obterem a certificação e serem habilitados a ministrar instruções para as respectivas Forças Policiais.
O curso de operador de Taser foi homologado pela Delegacia Geral da Polícia Civil, por meio da portaria N°416/2013 e vai atender inicialmente a 60 policiais civis, sendo ministrados por policiais civis instrutores, em duas turmas.
Segundo a delegada Geral interina, Eliane Gonçalves, com a homologação do curso são estabelecidas também as normas de uso das pistolas Taser na Polícia Civil de Roraima.
“São normas de treinamento, utilização, auditorias e procedimentos de segurança para o uso das pistolas Taser que serão gerenciadas pela Divisão de Armas Munições e Explosivos – DAME”, observa.
O porte e uso das pistolas Taser é condicionado a prévia habilitação técnica por instrutor autorizado. A preferência da Delegacia Geral é de que somente policiais que atuam em operações externas devam operar as pistolas.
O equipamento deverá ser utilizado em pessoas com comportamento potencialmente perigoso, para proteger o policial ou vítimas de ferimentos ou morte.
As pistolas Taser disparam dois dardos com a utilização de nitrogênio comprimido ao invés de pólvora. Ao atingirem o corpo humano, incapacitam imediatamente o agressor através de uma carga elétrica de 50 mil volts, mas amperagem baixíssima, atuando sobre o Sistema Nervoso Motor e Sensorial.
A Taser é mais uma opção para o policial, que pode evitar o emprego desnecessário de força letal. Outro ponto positivo desse equipamento foi o Mostrador Digital, localizado na parte de trás da pistola, que comunica a porcentagem de bateria, a duração restante durante a descarga de pulso. Dispõe também de um acessória chamado “Taser Cam” capaz de filmar e gravar áudio no momento da empunhadura, inclusive com visão noturna.
Eliane Gonçalves destaca que o curso tem como principal objetivo ensinar o policial como manusear corretamente o equipamento.
“A pistola Taser não é para ser usada como equipamento de punição. Existem regras para o uso, não deve ser aplicado contra a cabeça, pescoço e áreas sensíveis do corpo e todas essas orientações serão repassadas aos policiais”, disse.
O curso será realizado no horário das 8 às 20 horas quando serão repassadas normas para habilitação, controle e utilização apropriada do dispositivo menos letal de condutividade elétrica.
Os policiais instrutores do curso serão Artur Oliveira, Diego de Andrade Gomes, Odirley Lopes e Judson Costa.
Segundo o instrutor Artur Oliveira a pistola Taser é um dispositivo eletrônico de controle e considerada uma ferramenta excepcional e, para manter o direito ao uso é preciso que o policial a utilize de forma responsável e profissional.
“Em razão disso a Delegacia Geral está promovendo este curso homologado de Operador de TASER, com base nas diretrizes do fabricante TASER International Inc”, disse.
ASCOM: SESP-RR
