Pimentel: acirramento político coloca em risco a democracia brasileira

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No plenário, senador convocou os democratas brasileiros a defenderem as futuras gerações 

O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), fez um alerta nesta segunda-feira (7/3) sobre o grave risco do atual momento político que o Brasil atravessa. Em aparte a discurso do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) sobre a condução coercitiva do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Pimentel afirmou: “espero que nossos filhos e netos não passem pelo que eu, e milhares de democratas brasileiros, passamos para superar a ditadura militar que vigorou no país nas décadas de 1960 e 1970”.

O senador conclamou a sociedade brasileira a avaliar com cautela a situação atual. “Os democratas de ontem não estão tendo clareza do momento que está sendo construído, em função do acirramento político e da disputa de diferentes projetos político partidário”, ponderou. E Pimentel ressaltou: “não será apenas o PT o herdeiro desse processo, mas, sim, todos os democratas do Brasil”.

Pimentel lembrou que o mesmo tipo de acirramento já resultou em graves prejuízos à democracia brasileira. “As forças políticas que hoje combatem Lula são as mesmas da velha UDN que levaram Getúlio Vargas ao suicídio e, em seguida, tentaram impedir a posse de Juscelino Kubtschek. E não devemos esquecer que na sucessão de JK, a UDN dizia que ele era o maior corrupto, não só do Brasil, mas da humanidade”, destacou.

Para Pimentel, a decisão do juiz Sérgio Moro de autorizar a condução coercitiva do ex-presidente Lula “nada mais é do que rasgar a Constituição Federal e o Código de Processo Penal”. O senador voltou a lembrar a história para justificar a importância da garantia dos direitos do ex-presidente da República. “Nem em plena ditadura, nunca levaram JK aos porões para depor de forma coercitiva.”

Pimentel convocou todos os democratas brasileiros a compreenderem o momento político e defenderem nossa jovem democracia.

Autor: Da redação com Ascom/Senador