Partido de Marina conquista mais da metade do apoio necessário para registro

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A mobilização pela criação do partido da ex-senadora Marina Silva, a Rede Sustentabilidade, já coletou 263.515 assinaturas das cerca de 500 mil necessárias para a oficialização da sigla, de acordo com balanço final do mês de abril.

O número é maior que a estimativa anunciada pela ex-senadora na última terça-feira (30), mas continua aquém da meta da Rede, que era a de atingir 300 mil assinaturas até o final do mês passado.

Membro da Executiva provisória, o deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP) diz que o grupo estabaleceu a meta sabendo que ela era “ousada”.

Para sair do papel a tempo de Marina concorrer à Presidência em 2014, dirigentes da Rede estabeleceram o dia 15 de junho como prazo para atingir o total de assinaturas coletadas.

Nem todas as 263 mil assinaturas, no entanto, devem ser validadas na Justiça Eleitoral –segundo a própria direção da Rede, outros partidos em formação tiveram cerca de 30% das assinaturas invalidadas no processo de registro, por problemas como títulos de eleitor cancelados ou assinaturas que não conferiam com o registro do tribunal.

Fora do cronograma, a Rede passou a pedir ajuda a dirigentes de siglas simpáticas à candidatura de Marina para a coleta de apoio.

Feldman afirma que deputados de pelo menos três partidos simpáticos à causa de Marina já estão mobilizando suas equipes regionais.

Entre os solidários estão o PPS, que está em processo de fusão com o PMN, o PSDB e o PSB. Todos têm interesse na candidatura da ex-senadora. Consideram que sua entrada na disputa eleitoral do ano que vem favorece um segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff, que disputará a reeleição.

Em comunicado no site do movimento, a Rede comemora o fato de ter conseguido dobrar o número de assinaturas coletadas em 20 dias –a contagem anterior registrava 128 mil apoios.

“O balanço de abril revelou um resultado excelente, mas também nos trouxe muitos aprendizados. Em maio, devemos ampliar nossa presença nas universidades, com a realização de debates, e em outros pontos estratégicos”, afirma Marcela Moraes, coordenadora de organização da Rede, no comunicado.

PAULO GAMA/DE SÃO PAULO