Nomeado por Temer, secretário é investigado por agredir mulher em BH.

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Ele também é suspeito de lesão corporal e assédio sexual, diz polícia.
Bruno Santos foi nomeado secretário Nacional de Juventude nesta semana.

Nomeado pelo presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), nesta semana, o secretário Nacional de Juventude, Bruno Moreira Santos, é investigado por agredir a mulher em Belo Horizonte. De acordo com a Polícia Civil, em outras duas investigações, o secretário foi acusado de lesão corporal pela ex-mulher e de assédio sexual por uma funcionária.

A nomeação de Santos foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira (20). A pasta é vinculada à Secretaria de Governo, e o salário do cargo é de R$ 13.974,20. Filho do deputado estadual Cabo Júlio, Bruno Moreira Santos é presidente Nacional da Juventude do PMDB.

A denúncia de agressão foi feita pela companheira do secretário em abril deste ano, na 1ª Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher, em Belo Horizonte. Segundo a polícia, a vítima relatou que Santos teria a puxado pelo cabelo e dado tapas no rosto dela. A investigação, coordenada pela delegada Ana Paula Balbino, ainda não foi concluída.

Na investigação registrada como lesão corporal, Bruno Santos é suspeito de agredir com socos, tapas, chutes e puxões de cabelo a mulher com quem tinha uma união estável em março de 2014. Na época, ela ainda relatou à polícia que foi ameaçada com uma faca porque o então companheiro não aceitava o fim do relacionamento.

Por meio de nota, Santos confirmou que teve um relacionamento com a mulher, com quem teve uma filha. O secretário informou ainda que atualmente a criança está sob sua guarda, o que, segundo ele, demonstra “ser prova mais do que suficiente da solidez do relacionamento” que tem com a ex-companheira. Bruno Santos destacou ainda que sua “relação familiar sempre se pautou pelo respeito e confiança”.

Em novembro de 2015, o secretário foi acusado de assédio sexual por uma funcionária. Na denúncia, a mulher contou que era ameaçada de demissão caso não saísse com ele. A vítima falou à polícia que era perturbada e constrangida pelo patrão com elogios e convites para acompanhá-lo em viagens. Segundo a polícia, ela entregou à delegada mensagens das ameaças enviadas por celular pelo secretário.

Ainda em nota, Bruno Santos afirmou que a acusação de assédio é frágil e que a denúncia somente ocorreu depois do comunicado da exoneração à funcionária. “Não passou de retaliação”, afirmou o secretário. Na nota, o secretário não se posicionou sobre a investigação em andamento.

Procurada pelo G1, a assessoria da Secretaria Nacional de Juventude informou que órgão não se posicionaria a respeito do assunto.

Autor: Da redação com G1 MG/Foto: Reprodução/Facebook