Durante a solenidade de adesão ao programa federal ‘Mulher, Viver sem Violência’, a prefeita Teresa Surita destacou a importância de parcerias entre governos Federal, Estadual e Municipal para combater o problema. Só este ano, segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança citados por ela, foram 2.522 denúncias de violência contra mulheres. Em 2012, foram 3.264. O evento, realizado na manhã desta terça-feira (29), ocorreu no Palácio Senador Hélio Campos e contou com a presença da ministra da Secretaria Especial de Políticas Públicas para Mulheres, Eleonora Menicucci.
“O enfrentamento a este tipo de violência precisa ser feito em parceria, com cada esfera de governo e órgãos competentes cumprindo suas funções. A Prefeitura já atua e vai intensificar o trabalho ao longo de minha gestão para que possamos mudar essa realidade. A adesão ao programa é um passo importante para reduzir esses índices altos no Estado e no restante do país”, disse Teresa.
O ‘Mulher, Viver sem Violência’ consiste em seis ações, que são a construção da Casa da Mulher Brasileira; ampliação da Central 180; organização dos serviços na saúde e coleta de vestígios de crimes sexuais; construção de Centros de Atendimento das Mulheres da Fronteira; realização de campanhas continuadas de conscientização; e aquisição de unidades móveis para mulheres em situação de violência no campo e na floresta. A Casa será administrada pela prefeitura e vai ser construída na rua Uraricuera, entre as vias Sorocaima e Maú, no bairro São Vicente.
“Boa Vista é uma das 11 primeiras capitais que receberão a Casa da Mulher Brasileira, porque é a mais longínqua e a única a ser administrada por uma mulher. Teremos nela delegacia, juizado especial, Defensoria Pública, Ministério Público, atendimento psicossocial, equipes de qualificação e capacitação para o mercado de trabalho, central de transporte que irá busca-las onde estiveram, brinquedoteca, alojamento de passagem e microcrédito orientado do BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica”, esclareceu a ministra.
Para o senador Romero Jucá, é necessário também investir na educação, na recuperação e tratamento de quem comete a violência e na integração familiar. Ele citou o Família que Acolhe, lançado neste semestre pelo município, como uma ação importante para combater o problema. “O programa vai ser importante no combate à violência, pois criança que assiste ao pai bater na mãe é marcada e precisa de cuidados. Enquanto houver uma mulher sofrendo violência no Brasil, precisamos estar mobilizados para enfrentar essa covardia”, concluiu ele.
Secom: PMBV
