Meteorologia complica combate a incêndios em Portugal

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A falta de chuva e as elevadas temperaturas estão trazendo complicações neste domingo (8) para os trabalhos de extinção de vários incêndios ativos no Centro e no Norte de Portugal, onde a situação continua “muito difícil”, explicaram à Agência EFE fontes da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

Seis dos focos são “preocupantes”, segundo a ANPC, que mantém mobilizados cerca de 1.400 bombeiros e seis aeronaves.

O foco mais preocupante está no município de Pampilhosa da Serra, no centro do país, para onde foram enviados mais de 600 bombeiros, dois aviões e um helicóptero.

Esse incêndio, que começou na noite da sexta-feira (6) e tem quatro frentes ativas, está localizado em uma região de montanha, o que dificulta ainda mais o trabalho de extinção das chamas.

O fogo também alcançou o município vizinho de Arganil e levou à interdição de três estradas e à retirada dos moradores de várias aldeias.

Outro grande incêndio que preocupa está na localidade de Alvaiázere, também no centro de Portugal, para onde foram enviados cerca de 250 bombeiros para combater as chamas, que começaram na tarde de ontem (7).

Também seguem ativos focos nos municípios de Terras de Bouro (norte), Ribeira de Pena (norte) e Vila Nova de Paiva (centro).

Já o fogo em Mortágua, que fica ao norte de Coimbra, foi controlado no início da tarde.

O Exército português reforçou os trabalhos de combate às chamas com cerca de 200 militares, 50 veículos e maquinaria.

Entre janeiro e setembro deste ano, 215.988 hectares florestais foram arrasados por incêndios em Portugal, um número 174% maior que a média dos últimos dez anos, segundo o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas do país.

Além disso, o governo português prolongou até 15 de outubro o período crítico de incêndios florestais, que normalmente termina em 30 de setembro, devido à falta de chuvas e à consequente seca.

 Autor: Da redação com Agência EFE/Foto: Divulgação