Jéssica Stephens ganha o Festival de Música Canto Forte

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Uma plateia vibrante lotou o auditório do Palácio da Cultura Nenê Macaggi, na noite desse sábado (4), para prestigiar a terceira e última noite da quarta edição do Festival de Música Canto Forte. A grande final.  A noite mais esperada por artistas e público.

Jéssica Stephens , 23 anos,  foi a vencedora  do primeiro lugar do Festival, interpretando a música “Marias”, de autoria da poeta e compositora Zanny Adairalba, uma homenagem à força da mulher brasileira.  Além do prêmio máximo, R$ 9 mil, Jéssica conquistou o prêmio de melhor intérprete, R$ 2 mil.

Emocionada com o resultado, Jéssica destacou a qualidade das músicas. “Eram todas muito boas. Não só as que se apresentaram na final, mas as 22 selecionadas. A celebração aqui não é do prêmio é da música. E composição da Zanny foi celebrada nesta noite com muita alegria”.

Jéssica já participou de outras edições do Canto Forte e de outros festivais, dentre os quais, o Festival de Música de Roraima (Femurr), e um festival que a Prefeitura de Boa Vista realizou em 2008. Ela canta profissionalmente desde os 15 anos e finalizou dizendo, “sempre amei cantar”.

A autora de “Marias”, Zanny Adairalba, lembrou que foi a terceira vez que participou do Festival e a segunda em que foi premiada. “Só de participar do evento já estamos ganhando”, disse.

O cantor e compositor Júnior Caçari interpretou  “ Batida brasileira”, letra e música de sua autoria,  e recebeu a premiação de  R$ 6 mil. Participando pela primeira vez do Festival, Júnior Caçari  elogiou a  organização do evento  que, segundo ele, ” traz dignidade  aos participantes.  Estou muito satisfeito com o segundo lugar”.

O terceiro lugar, R$ 3 mil, foi para José Luiz Costa, autor de “Sou roraimense”, que ficou muito emocionado com o prêmio.  Vencedora da terceira edição do Canto Forte, em 2011, Cláudia Lima arrebatou, com a canção “Vista linda”, o quarto lugar, R$ 2 mil. Foram distribuídos R$25 mil em prêmios.

Os artistas classificados, do quinto ao décimo lugares, receberam a premiação de R$ 500. O quinto lugar foi para “Acorde agora”, de autoria de Jair Amazonas, que também foi o intérprete.  “Rio a remar”, letra e música de Ismael Kauê, foi a sexta classificada.

A cantora e compositora Euterpe, vencedora do primeiro Canto Forte em 2009, interpretou a música “Mocororó”, uma parceria sua com o poeta Eliakin Rufino, ficando em sétimo lugar. A oitava classificada foi “Encanto”, do compositor Marcos Terra, interpretada pela cantora Kárisse Blos.

Cunhã Pucá, letra e música de Alcides Lima cantada por Nazir Monteiro, foi a nona música classificada.  A décima canção, “Linhas de cordéis”, do compositor Neto Andrade, foi defendida por ele mesmo.

O Festival de Música Canto Forte é realizado por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com o patrocínio da empresa Rebouças & Cia e Nova Skin. O evento tem o apoio do governo estadual, por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult).

O secretário da Secult, Marco Aurélio Porto, ressaltou a importância da Lei Estadual de Cultural que possibilita aos artistas a realização de seus projetos, do Conselho Estadual de Cultura (CEC), que concede o mérito cultural ao projeto, e do Grupo Técnico de Análise de Projetos (GTAP), da Secretaria.

“É o governo do estado cumprindo seu papel e as empresas patrocinando a produção por meio da Lei. Agora, com a Secretaria de Cultura, sancionada pelo governador José de Anchieta, em 23 de janeiro passado, vamos ajudar ainda mais os produtores culturais. Vamos apoiar os artistas do Uiramutã ao Caroebe”, disse o secretário.

Para o organizador do festival, Joemir Guimarães, além de promover o estreitamento das relações entre compositores, intérpretes e o público em geral, “o evento tem como finalidade revelar novos talentos, estimular a produção musical, difundir a música local e gerar emprego e renda”.

São 35 empregos diretos e outras centenas de indiretos. Desde a empresa contratada para fazer o cartaz, a imprensa, até o camelô que vem vender o seu produto.

A próxima edição, ele explicou que será realizada em outro local. “O Palácio da Cultura  cumpriu o seu papel, mas ficou pequeno para  o imenso  público que quer prestigiar o evento”.

Shows– Os artistas George Farias, Halisson Crystian e Sérgio Barros, foram convidados especiais para cantar. Na segunda noite, foi à vez de George que apresentou composições de sua autoria e de parceiros. O cantor Halisson abriu a última noite do festival interpretando músicas já bastante conhecidas do público como Cidade do Campo, de Eliakin Rufino e Armando de Paulo, momento em que ele divide com a plateia a cantoria.

Enquanto concorrentes e público aguardavam ansiosos o resultado final, Sérgio Barros se apresentou cantando canções suas e de parceiros como os poetas Elias Venâncio e Eliakin Rufino.

As três noites do Festival foram transmitidas em tempo real para o estado, para o Brasil e, para o mundo, pelas ondas da Rádio Equatorial FM na internet.

Secom/foto